Próximo passo do Irã após sanções provoca cenário de incerteza no mundo, afirma especialista

A União Europeia confirmou que restabeleceu sanções contra o Irã. Segundo o comunicado, o bloco tomou a decisão em resposta ao contínuo descumprimento do acordo nuclear. As sanções incluem o congelamento de ativos do Banco Central iraniano, bem como proibições de viagens de certas autoridades. Também foram proibidas a compra e o transporte de petróleo bruto pelo Irã e a venda ou fornecimento de ouro e certos equipamentos navais.

“O regime dos aiatolás que, desde os ataques sofridos pelos Estados Unidos e por Israel, vem ameaçando com deixar, o TNP, justamente o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Algo que já foi feito no passado pela Coreia do Norte”, comenta Paulo Velasco, especialista em relações internacionais, ao Conexão Record News de segunda-feira (29).

Segundo o professor de política internacional, a União Europeia tem buscado, por meio das sanções recentemente aplicadas, convencer o Irã a recuar em suas ações e a permanecer no TNP.

Ele explica que o acordo impõe obrigações como a transparência nas atividades nucleares e o recebimento de técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica, que têm o direito de inspecionar as instalações iranianas.

No entanto, Velasco avalia que o Irã vem ignorando essas exigências, especialmente em resposta aos ataques realizados por Estados Unidos e Israel nos últimos meses. Para o especialista, o momento é delicado e a comunidade internacional vive um cenário de incerteza quanto aos próximos passos do governo iraniano.

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