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Putin diz que EUA e Otan ignoraram preocupações da Rússia

Líder russo conversou por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a crise na fronteira com a Ucrânia

Internacional|Da Ansa

O presidente russo, Vladimir Putin, é visto no Cemitério Memorial Piskaryovskoye
O presidente russo, Vladimir Putin, é visto no Cemitério Memorial Piskaryovskoye

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ao presidente da França, Emmanuel Macron, que os Estados Unidos e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ignoraram as principais preocupações de segurança de Moscou. Os dois líderes conversaram por telefone nesta sexta-feira (28).

No início da semana, os Estados Unidos e a Otan responderam a várias demandas de segurança solicitadas pela Rússia, que pediu que o Ocidente nunca admitisse a Ucrânia na aliança liderada pelos americanos.

"As respostas dos EUA e da Otan não levaram em conta as preocupações fundamentais da Rússia, que incluem impedir a expansão da Otan e recusar-se a implantar sistemas de armas de ataque perto das fronteiras russas", disse Putin a Macron, segundo um comunicado do Kremlin.

Apesar de Putin ter afirmado que os Estados Unidos "ignoraram" outras preocupações importantes descritas pela Rússia, o chefe de Estado confirmou a Macron que estudará "cuidadosamente" as respostas dos americanos e depois decidirá sobre outras ações.


A concentração de tropas russas nas proximidades da fronteira com a Ucrânia levantou temores de que o Kremlin estaria avaliando invadir seu vizinho pró-União Europeia, mas Putin reiterou que não quer guerra e negou qualquer plano de invasão.

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O mandatário russo, no entanto, pediu a Macron que as autoridades ucranianas tenham um "diálogo direto" com os líderes separatistas no leste do país.


Após a conversa com Putin para abordar a crise, Macron também falará nesta sexta-feira com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O objetivo do líder francês é encontrar os meios necessários para uma desescalada na tensão entre as nações.

Durante a conversa telefônica entre os presidentes russo e francês, que teria durado mais de uma hora, os dois concordaram em "continuar o diálogo" sobre uma série de questões relacionadas à segurança. 

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