Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Putin não vê indícios de nova 'Crise dos Mísseis' por tensões com EUA

Presidente da Rússia reconhece divergências com os EUA, mas garante que tensões atuais são diferentes das que aconteceram durante a Guerra Fria

Internacional|da EFE

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira (20) que a situação atual entre o seu país e os Estados Unidos não pode ser comparada com a "Crise dos Mísseis" de 1962, que colocou o mundo à beira de um conflito nuclear durante a Guerra Fria.

"Temos reclamações mútuas, enfoques diferentes sobre a situação de distintos problemas, mas isto não é motivo para levar o assunto a um confronto do mesmo nível que a 'Crise dos Mísseis' dos anos 1960", disse Putin à imprensa.

O presidente russo afirmou que seu país não busca o confronto e que se alguém nos Estados Unidos o deseja, já sabe qual é sua resposta sobre o que vai acontecer.

Leia mais: Após tensão com Ucrânia, Putin começa 2019 com baixa aprovação


Putin se referia ao discurso do Estado da Nação no parlamento russo, no qual disse que apontaria mísseis para os territórios americano e europeu se Washington começasse a posicionar armas na Europa.

Leia também

No entanto, apesar do aumento das tensões entre Moscou e Washington, Putin disse que os dois países continuam mantendo contatos regulares.


"No geral, no que diz respeito ao tema militar, os contatos não são ruins, se mantêm em um nível de trabalho, há assuntos a resolver e os especialistas trabalham nisso", disse Putin, que usou como exemplo a coordenação das forças russas e americanas na Síria.

Nesse sentido, o presidente russo disse que os "mecanismos e instrumentos" de cooperação existentes também são utilizados para prevenir novas crises como a dos mísseis, quando a União Soviética colocou mísseis nucleares capazes de atingir Washington em Cuba.

O fracasso do tratado INF para eliminação de mísseis de médio e curto alcances, que foi abandonado pelos dois países, despertou o fantasma de uma nova Guerra Fria entre Rússia e EUA, já que esse acordo era considerado pelos especialistas como um dos pilares da segurança estratégica mundial.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.