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Putin recebe Macron e Scholz para tratar da crise na Ucrânia

Líderes da França e da Alemanha também farão reuniões com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Kiev

Internacional|Do R7

O presidente russo, Vladimir Putin, fala durante uma cerimônia de entrega de prêmios em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, fala durante uma cerimônia de entrega de prêmios em Moscou

O presidente francês Emmanuel Macron se reunirá com o presidente da Rússia Vladimir Putin em Moscou na próxima segunda-feira (7) e com o pesidente ucraniano Volodymyr Zelensky na próxima terça-feira (8) em Kiev, anunciou o Palácio do Eliseu, em um novo esforço diplomático para tentar frear a crise na fronteira ucraniana.

Macron intensificou nas últimas horas as conversas telefônicas com os colegas russo e ucraniano, assim como com o presidente americano Joe Biden, para atuar como mediador na crise.

Os dois encontros serão presenciais, confirmou o Palácio do Eliseu, mas "em coordenação com os aliados europeus". Nos últimos dias, Emmanuel Macron e seus assessores conversaram por telefone com seus colegas europeus, informou a presidência francesa.

Diante da crise, o chanceler alemão, Olaf Scholz, também irá para Kiev e Moscou. As visitas devem ocorrer em 14 e 15 de fevereiro para ter reuniões sobre a crise entre a Rússia e a Ucrânia.


Essa será a primeira visita de Scholz a ambos os países, desde que substituiu Angela Merkel como chanceler em dezembro passado. A viagem acontece em meio a críticas por seu baixo perfil, até o momento, nos esforços diplomáticos europeus para evitar um conflito na Ucrânia.

Scholz desembarca primeiramente em Kiev e, no dia seguinte, estará em Moscou para se encontrar com Putin.


"Além das relações bilaterais, também serão abordadas questões internacionais, incluindo as de segurança", disse o porta-voz de Scholz, Wolfgang Buechner, à imprensa.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje aos jornalistas que Putin e Scholz terão conversas bilaterais "substanciais".


O chanceler alemão também terá conversas, em Berlim, com os líderes de Estônia, Letônia e Lituânia. Nelas, irá tratar das preocupações dos países bálticos com a crise.

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A Rússia acumulou milhares de militares na fronteira ucraniana, o que aumentou os temores de uma invasão. Moscou nega qualquer intenção bélica e exige garantias de segurança dos países ocidentais. Entre elas, reivindica que a Ucrânia nunca seja autorizada a ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A tensão pela crise continua aumentando e o governo dos Estados Unidos afirmou na última quinta-feira (3) que tem provas - sem apresentá-las - de que a Rússia planeja produzir vídeos falsos de um ataque ucraniano como pretexto para invadir o país vizinho.

O governo ucraniano demonstra mais prudência. O ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, considerou "pequeno" o risco de uma "escalada significativa" do conflito.

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