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Pyongyang responde a advertências de Trump: 'Nada a perder'

País deu por encerrada as conversas sobre desnuclearização e anunciou um 'teste importante' em um centro de desenvolvimento de mísseis

Internacional|Da EFE

Coreia do Norte responde às advertências de Trump
Coreia do Norte responde às advertências de Trump

Um funcionário de alto cargo do regime norte-coreano respondeu nesta segunda-feira (9) às últimas advertências feitas no fim de semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ressaltou que a Coreia do Norte não tem "nada a perder".

Kim Yong-chol, que foi diretor de Inteligência do regime e esteve à frente do debate sobre armas nucleares com os americanos, assinou um comunicado divulgado pela agência KCNA que responde aos comentários de Trump.

No sábado, depois que o embaixador norte-coreano da ONU, Kim Song, deu por interrompido o diálogo de desnuclearização, Trump disse aos jornalistas que a Coreia do Norte não deveria tentar interferir nas eleições presidenciais dos EUA, em novembro de 2020.

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No domingo, Pyongyang anunciou um "teste importante" em um centro de desenvolvimento de mísseis (provavelmente testou um novo motor de projétil, como mostrado hoje por fotos de satélite) e Trump, via Twitter, avisou que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, perderá "tudo" se agir de forma "hostil".


"Há tantas coisas que Trump não sabe da Coreia. Não temos nada a perder. Dá para ver que Trump está muito nervoso. Pode ter chegado o momento em que vamos chamá-lo de 'velho senil em sua senilidade' outra vez", disse Kim Yong-chol em referência à troca de insultos entre o presidente americano e o regime em 2017, antes da aproximação do ano passado.

Kim acrescentou que a Coreia do Norte "não pode esconder a decepção" e recordou que Pyongyang deu a Washington um prazo até o fim do ano para fazer uma nova proposta para desbloquear o diálogo sobre a desnuclearização.


As negociações foram bloqueadas desde a fracassada cúpula de Hanói em fevereiro, na qual Washington considerou insuficiente a oferta norte-coreana para desmantelar seus ativos nucleares e se recusou a suspender as sanções econômicas.

Desde então, a Coreia do Norte realizou 13 testes de mísseis de curto alcance, além do misterioso teste do fim de semana passado, e aumentou gradualmente a dureza das mensagens à Casa Branca.

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