Quais são as exigências para brasileiros entrarem em outros países após a pandemia?
Com avanço da vacinação e estabilização do número de casos de Covid-19, nações começam a relaxar regras nas fronteiras
Internacional|Lucas Ferreira, do R7
A pandemia de Covid-19 forçou governos mundo afora a estabelecer rígidas regras para a entrada de turistas estrangeiros. O Brasil, nação com o terceiro maior número de casos da doença, enfrentou fronteiras fechadas em grande parte dos países.
Porém, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, as exigências para quem está em viagem internacional foram diminuindo. O R7 lista os requisitos que brasileiros precisam cumprir antes de desembarcar em um destino internacional.
Estados Unidos
Segundo a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, turistas só podem entrar no país se estiverem com o calendário de vacinação em dia. São aceitos os imunizantes certificados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Apenas cidadãos norte-americanos e imigrantes poderão entrar no país sem comprovar a imunização.
Todos os passageiros com 2 anos ou mais deverão apresentar um teste antígeno ou PCR de Covid-19 negativo, feito no dia anterior ao embarque. Aqueles que tiveram a doença nos 90 dias que antecedem a viagem não precisam realizar o teste, mas devem mostrar às autoridades algum documento que comprove a recuperação nesse período.
França
Os brasileiros que viajam para a França podem entrar no país apresentando apenas o comprovante de vacinação que pode ser emitido por sites do governo federal, como o ConectSUS. No portal ou no aplicativo, é possível baixar o documento em três línguas: espanhol, inglês e português. Recomendamos o download em todas as línguas para evitar contratempos na chegada ao país de destino.
Caso o viajante tenha completado o ciclo vacinal contra a Covid-19 há mais de nove meses, o governo da França exige a dose de reforço. Assim como os EUA, a França aceita todos os imunizantes aprovados pela OMS.
Já os turistas com mais de 12 anos que não se vacinaram devem apresentar um teste PCR negativo realizado a menos de 72 horas do embarque ou um teste de antígeno negativo realizado com menos de 48 horas de antecedência à partida.
Aqueles que se recuperaram recentemente da doença não precisam fazer o teste, mas devem apresentar um PCR ou antígeno positivo, feito, pelos menos, a 11 dias da viagem e com emissão não superior a seis meses.
Portugal
Um dos destinos preferidos dos brasileiros, Portugal aceita o comprovante de vacinação do ConectSUS para a entrada no país. É necessário que o viajante tenha o esquema vacinal completo.
Os turistas que não estão vacinados precisam fazer um teste RT-PCR ou NAAT pelo menos 72 horas antes do voo. Outra alternativa é o exame de antígeno (TRAg) laboratorial, feito nas 24 horas anteriores ao embarque para o território português.
Os resultados dos exames precisam estar em português, espanhol, francês ou inglês. Essas normas não se aplicam a menores de 12 anos.
Autotestes não são aceitos pelas autoridades portuguesas.
Espanha
Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Espanha, todos os passageiros que chegam ao país podem passar por um exame de saúde ainda no aeroporto. Aqueles que não se imunizaram devem apresentar testes negativos da doença ou algum documento que comprove a recuperação.
A Espanha exige que o comprovante de vacinação seja emitido em espanhol, alemão, francês ou inglês. Em caso de outras línguas, deverá ser apresentada uma tradução juramentada por um tradutor oficial para a língua do país. Vale destacar que no próprio ConectSUS há a opção da emissão do certificado em espanhol.
Os não vacinados devem apresentar testes de NAAT, como o PCR, TMA, Lamp e Near, feitos até 72 horas antes do embarque para a Espanha. Testes de antígenos (RAT) precisam ser realizados nas 24 horas anteriores ao voo. Apesar de o Ministério de Relações Exteriores da Espanha não determinar em seu site em qual língua o documento deve ser feito, recomendamos que o resultado seja emitido em espanhol.
Os passageiros que tiveram a doença nos últimos seis meses podem apresentar algum documento que certifique a recuperação da Covid. Assim como o teste e o certificado de vacinação, opte por levar o documento na língua espanhola.
Alemanha, Itália e Reino Unido
Tanto Alemanha quanto Itália e Reino Unido retiraram todos os requisitos para viagens aos países que sejam relacionados à Covid-19.
Argentina e Chile
Ambos os países não pedem o comprovante de vacinação para a entrada de turistas, mas exigem que os viajantes possuam um seguro saúde com cobertura para tratamentos relacionados à Covid. Para desembarcar na Argentina, é preciso preencher o DDJJ. Já no Chile é necessário completar o C19. As duas declarações podem ser acessadas clicando nos links anteriores.
Apesar de não exigir o comprovante de vacinação, os brasileiros que apresentarem o documento ganharão o passe de mobilidade chileno, que dá maior facilidade para locomoção dentro do país.
Japão
Os brasileiros que viajam para o Japão precisam apresentar um teste negativo de Covid-19 feito nas 72 horas anteriores ao embarque, além de realizar o download do aplicativo MySOS, que monitora a localização do turista, além do estado de saúde.
De acordo com o Centro de Monitoramento de Saúde para Entrantes Estrangeiros (HCO, na sigla em inglês) do Japão, não é necessário comprovante de vacinação para os turistas que chegam de países considerados em zona azul, como é o caso do Brasil.
Entretanto, em outra área do mesmo site, o HCO afirma que é preciso apresentar um comprovante com ciclo vacinal completo e dose de reforço em japonês ou em inglês às autoridades do país.
O Japão aceita as vacinas aplicadas em larga escala no Brasil, com exceção da CoronoVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, produzida pelo Instituto Butantan no país.
Austrália
A Austrália também aceita o comprovante de vacinação brasileiro. Os turistas que chegam ao país precisam preencher o DPD (Declaração Digital de Passageiro) do governo australiano que deve ser enviado até 72 horas antes do embarque.
Apenas pessoas que não podem ser vacinadas por motivos médicos poderão entrar na Austrália. É preciso apresentar provas, como exames, às autoridades australianas. Os turistas que desejam ir ao país e não se enquadram nos parâmetros anteriores devem pedir uma isenção especial ao governo.
Todos que desejam entrar na Austrália devem apresentar um teste com resultado negativo para Covid. Os exames de PCR e NAAT poderão ser feitos nas últimas 72 horas antes do voo, enquanto o teste rápido deve ser feito nas 24 horas anteriores ao embarque e com supervisão médica, acompanhada de um atestado que comprove o procedimento.