Quatro são presos por tráfico de cocaína em embaixada na Argentina
Valisas na Embaixada da Rússia foram usadas para esconder 400 quilos da droga. Investigação levou à prisão de um policial e de diplomatas
Internacional|Do R7, com agências internacionais
Quatro pessoas foram presas na Argentina por participação em um esquema de tráfico de cocaína que utilizava a Embaixada da Rússia como ponto de distribuição. A quadrilha chegou a esconder 400 quilos da droga em valisas dentro da embaixada.
As prisões ocorreram nesta quinta-feira (22), mas as investigações sobre o esquema iniciaram em 2016, quando o embaixador russo, Viktor Koronelli, denunciou à polícia argentina ter encontrado as drogas dentro do prédio.
A droga encontrada na embaixada provavelmente teria como destino a Copa do Mundo que acontecerá em julho na Rússia. Mas para que a investigação pudesse continuar, a cocaína foi substituída por farinha e três suspeitos foram presos quando tentaram buscar a droga no aeroporto de Moscou.
Enquanto isso, as investigações continuaram na Argentina e, segundo o jornal local Clarín, um membro da polícia foi detido por envolvimento no esquema.
O suspeito é Ivan Blizniouk, um sub inspetor da polícia de Buenos Aires e integrante do Instituto Superior de Segurança Pública.
Nas redes sociais, Blizniouk afirmava ser um "oficial de relações diplomáticas em segurança" e anunciava também seus vínculos com a Rússia.
Nesta quinta-feira (22), a polícia de Buenos Aires afastou o inspetor.
Cocaína em valisas e voo diplomático
Outros envolvidos no esquema eram Ali Abyanov, contador da embaixada russa até 2016 e apontado como o responsável por fazer as mas entrarem no edifício, e Alexander Chikalo, um russo nacionalizado argentino.
O chefe do esquema e responsável por levar as malas da embaixada em Buenos Aires até a Rússia em um voo diplomático ainda não foi preso. Ele não teve o nome revelado.
Para identificar os membros da quadrilha, a polícia argentina em parceria com investigadores russos usaram escutas e aparelhos de GPS escondidos nas malas com farinha no lugar da cocaína.