Quem é o grupo terrorista por trás do massacre que matou mais de 40 pessoas em Uganda?
Rebeldes são jihadistas e fazem uma leitura radical dos princípios do Alcorão
Internacional|Larissa Crippa*, do R7
Pelo menos 41 pessoas morreram e outras inúmeras ficaram feridas em Uganda, na África, graças a um massacre executado por um grupo extremista. O atentado, que aconteceu em uma escola, deixou estudantes queimados, baleados e esfaqueados, além de vítimas sequestradas.
Segundo a Reuters, as autoridades locais estão atribuindo o ato terrorista a um grupo associado ao Estado Islâmico, as Forças Democráticas Aliadas (ADF). Os rebeldes, que fazem parte de uma milícia jihadista ugandense, usam a região oriental do Congo como base.
O jihadismo é um termo utilizado pelos estudiosos para distinguir os muçulmanos sunitas não violentos e os violentos. A palavra jihad, em árabe, significa "esforço" ou "luta". No islã, a vertente representa a luta interna de um indivíduo contra instintos básicos, o esforço para construir uma boa sociedade muçulmana ou uma 'guerra pela fé' contra os infiéis.
Porém, tal princípio não é literal. O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, condena a violência e a morte. A luta contra os infiéis seria, na realidade, uma metáfora para que os seguidores do islamismo resistissem a tentações e se mantessem em sua fé.
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No entanto, os jihadistas acreditam que a luta violenta é necessária para erradicar obstáculos e restaurar a lei de Deus na Terra. Para eles, através dos ataques violentos, a comunidade muçulmana está sendo 'protegida'.
Agora, as autoridades africanas conseguiram prender 20 membros do grupo, segundo a AFP. As investigações continuam.
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