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Quem é Verónica Abad, vice-presidente do Equador que acumula polêmicas

Empossada em 2023, Abad se distanciou politicamente de Daniel Noboa, atual presidente do país

Internacional|Do R7

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A origem política de Abad está ligada ao seu envolvimento com movimentos conservadores do Equador
A origem política de Abad está ligada ao seu envolvimento com movimentos conservadores do Equador Reprodução/X - @veroniabad

Verónica Abad, vice-presidente do Equador desde 2023, se tornou uma figura central na política do país após uma série de disputas com o presidente Daniel Noboa.

Sua relação com o atual mandatário se deteriorou quando ela foi designada para uma missão diplomática em Israel, o que muitos interpretaram como uma tentativa de limitar sua influência política.


Em uma nova polêmica, Abad acusou o presidente de impedi-la de exercer suas funções, depois de encontrar seu gabinete fechado na última sexta-feira (7), a poucos dias das eleições.

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As tensões entre os integrantes da chapa presidencial começaram desde o início do governo. A nomeação de Abad para o cargo diplomático foi vista como um afastamento estratégico, que agravou o distanciamento político entre os dois.


Além disso, acusações de negligência e sanções por parte do Ministério do Trabalho complicaram ainda mais a situação. Abad, no entanto, recorreu judicialmente contra as medidas e conseguiu retomar suas funções, o que expôs uma crise política dentro do governo.

O impasse não é o primeiro incidente envolvendo Abad desde que assumiu a vice-presidência. Em 21 de março de 2024, o Ministério Público deflagrou a operação “Caso Nene” para investigar possíveis ofertas de tráfico de influência na Vice-Presidência.


Durante a ação, o filho de Verónica Abad, Francisco Barreiro Abad, foi preso. No entanto, ele conseguiu pagar uma fiança de US$ 20.000 e foi libertado em 6 de maio, após pedir a revogação da prisão preventiva e aguardar sua defesa em liberdade.

No mesmo mês, Abad foi denunciada por Juan Esteban Guarderas por suposta “pré-campanha” durante sua candidatura à prefeitura de Cuenca, em 2023. Ela também revelou que teve seu visto revogado pelos EUA, mas refutou as alegações de tráfico de influência associadas a seu filho, alegando ser uma “miscelânea” de informações. A Embaixada dos EUA, por sua vez, não confirmou a revogação.


Atuação na política

Daniel Noboa e Verónica Abad assumiram respectivamente os cargos de presidente e vice-presidente do Equador em 2023, com o apoio da coalizão Ação Democrática Nacional (ADN), formada pelos partidos Povo, Igualdade e Democracia (PID) e Mover.

A relação entre os dois se mostrou tensa desde o início do mandato. No dia da posse, em 23 de novembro de 2023, os rumores sobre a separação política de Noboa e Abad se concretizaram. O presidente celebrou o novo cargo com um almoço para 600 convidados, sem a presença da vice.

Abad, por sua vez, optou por almoçar em um dos mercados de Quito, capital do país, evidenciando a distância crescente entre os dois.

A origem política de Abad está ligada ao seu envolvimento com movimentos conservadores no país. Antes de se tornar vice-presidente, ela construiu uma sólida base empresarial, o que lhe conferiu uma imagem de mulher de negócios e autoridade política.

Noboa e Abad, que têm mandatos até maio de 2025, estão há poucos dias da eleição presidencial do Equador, prevista para este domingo (9).

As vésperas da votação, Noboa ordenou a militarização dos portos e reforçou a presença de forças de segurança nas fronteiras do país, além de fechá-las até segunda-feira (10). O atual presidente justificou as medidas dizendo que haviam “grupos armados” tentando desestabilizar o pleito.

A principal rival de Noboa nas urnas é a advogada Luisa González, do partido Revolução Cidadã. Ex-legisladora de 47 anos, González ocupou diversos cargos públicos durante o governo de Rafael Correa, que comandou o país de 2007 à 2017.

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