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Quem foi Dmitry Utkin, braço direito de Prigozhin que também morreu em queda de avião

Russo de 53 anos trabalhou no Exército regular da Rússia e depois veio a atuar em grupos paramilitares

Internacional|Do R7

Dmitry Valerievich Utkin era o número dois do grupo paramilitar Wagner
Dmitry Valerievich Utkin era o número dois do grupo paramilitar Wagner

Dmitry Valerievich Utkin, o número dois do grupo paramilitar Wagner, morreu nesta quarta-feira (23), após a queda de um avião nos arredores de Moscou, capital da Rússia. Ele estava junto do líder Yevgeny Prigozhin e de outras oito pessoas. Todos os dez ocupantes da aeronave morreram.

Nascido em 11 de junho de 1970, na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Utkin, de 53 anos, era um velho conhecido do meio militar russo e depois veio a se tornar braço direito de Prigozhin. Ele foi oficial do Exército da Rússia e atuou como oficial das forças especiais do GRU, o departamento central de inteligência da Rússia, onde tinha a patente de tenente-coronel.

Utkin se aposentou do GRU em 2013 e se juntou ao Corpo Eslavo, grupo paramilitar que lutou ao lado das forças do regime sírio de Bashar-al-Assad contra os rebeldes do país. Mas, no mesmo ano, retornou à Rússia após o Corpo Eslavo ser desmantelado.

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Em 2014, ano de criação do grupo Wagner, Utkin se juntou aos paramilitares em meio à disputa pela Crimeia e à guerra em Donbass, com o objetivo de defender os separatistas pró-russos contra as forças do governo ucraniano. Ele ajudou a fundar o grupo e, inclusive, a nomeá-lo.


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Segundo relatos, o nome Wagner se deu em homenagem ao compositor alemão Richard Wagner, artista favorito do ditador nazista Adolf Hitler. Utkin era fascinado pela Alemanha nazista e tinha várias tatuagens de membros da SS, a polícia de Hitler, espalhadas pelo corpo.

Desde a sua criação, o grupo Wagner vem expandindo suas operações para outros países, como Síria, Líbia, Sudão, República Centro-Africana, Venezuela e Moçambique, onde oferece seus serviços a vários governos e facções em troca de dinheiro, recursos e influência. Ao longo dos anos, Utkin, Prigozhin e seus combatentes foram acusados de envolvimento em vários crimes de guerra e atrocidades na região, como derrubar um avião militar ucraniano e matar comandantes de campo insubordinados da autoproclamada República Popular de Luhansk.

A causa do acidente desta quarta-feira está sendo investigada pelas autoridades russas. Fontes sugerem que a queda do avião não tenha sido fatalidade, mas, sim, um ataque. Prigozhin se tornou um desafeto de Putin em 23 de junho deste ano, quando o líder mercenário articulou um motim contra o governo russo, o que o mandatário definiu como uma "traição". Os homens do Wagner chegaram a 200 quilômetros de distância de Moscou e depois recuaram, em uma tentativa fracassada de tomar o poder.

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