Rebeldes do Iêmen confirmam ataques com drones a alvos sauditas
As autoridades sauditas denunciaram atentados contra duas estações de bombeamento de petróleo. Atos provocaram um incêndio
Internacional|Da EFE
Os rebeldes houthis do Iêmen atacaram instalações Da Arábia Saudita com sete aviões não tripulados como resposta à "agressão" contra o povo iemenita, informou nesta terça-feira (14) a emissora de televisão "Al Masirah", que é controlada pelos insurgentes.
"Sete aviões não tripulados realizaram ataques contra instalações vitais sauditas", destacou a "Al Masira" no Twitter, citando uma fonte militar.
"Esta grande operação militar aconteceu em resposta à agressão contínua e ao bloqueio contra os filhos de nosso povo", acrescentou a emissora.
As autoridades sauditas denunciaram hoje um ataque com drones contra duas estações de bombeamento de petróleo da companhia estatal Aramco que provocaram um incêndio e "danos limitados" em uma das instalações na região de Riad.
O ministro de Energia, Indústria e Recursos Minerais saudita, Khalid Al Falih, disse que o ataque com drones aconteceu entre 6h e 6h30 locais (entre 0h e 0h30 em Brasília) em duas estações em Al Duwadimi e Afif, na região de Riad, de acordo com a agência oficial SPA.
Falih afirmou que a Aramco interrompeu o fornecimento de petróleo pelo oleoduto que leva o produto da região leste até o porto de Yanbu, no oeste.
As autoridades sauditas denunciaram que o ataque é um atentado contra a segurança da distribuição mundial de energia, e acusou as milícias iemenitas houthis, apoiadas pelo Irã.
O ataque acontece enquanto o governo iemenita e os rebeldes houthis mantêm uma nova rodada de contatos na Jordânia, e em um momento no qual os rebeldes estão se retirando do estratégico porto de Al Hudaida, em cumprimento aos acordos alcançados pelas partes em dezembro na Suécia.
O conflito explodiu em dezembro de 2014, quando os rebeldes houthis ocuparam a capital Sana e outras províncias do país e destituíram o presidente Abdo Rabu Mansour Hadi, que é reconhecido pela comunidade internacional e se exilou em Riad.
A Arábia Saudita lidera uma coalizão internacional, na qual também participam os Emirados Árabes Unidos, que se envolveu no conflito em 2015 em apoio a Hadi e contra os houthis, que acusa de serem apoiados pelo Irã.
Os ataques contra instalações sauditas acontecem em um momento de aumento da tensão no Golfo Pérsico, após a suposta sabotagem de quatro navios no fim de semana passado em águas da Zona Econômica Exclusiva dos Emirados Árabes.
Esses atos aconteceram apenas três dias depois que os Estados Unidos advertiram que incidentes assim poderiam ocorrer enquanto algumas embarcações militares americanas, entre elas o porta-aviões Abraham Lincoln, estão se deslocando para a região.