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Refém de tribo rebelde isolada da Ásia há três meses implora por ajuda em vídeo: 'Vão atirar em mim'

Para não matar piloto de avião, separatistas de Papua, na Indonésia, deram dois meses para acordo pela independência

Internacional|Do R7, com Reuters

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Tribo isolada de Papua ameaça matar piloto
Tribo isolada de Papua ameaça matar piloto

Um grupo de rebeldes na região de Papua, na Indonésia, ameaça atirar em um piloto da Nova Zelândia, que fizeram refém em fevereiro, se os países não cumprirem a exigência de iniciar negociações de independência em dois meses, mostrou um novo vídeo divulgado pelo grupo na sexta-feira (26).

O vídeo foi compartilhado pelo porta-voz rebelde de Papua, Sebby Sambom, e mostra Philip Mehrtens visivelmente incomodado segurando a bandeira da Estrela da Manhã, um símbolo da independência de Papua Ocidental. O piloto afirma que os separatistas querem que outros países, além da Indonésia, se envolvam em um diálogo sobre a independência de Papua.


"Os militares papuas aqui deram mais dois meses para os países fora da Indonésia se engajarem em um diálogo com a Indonésia e Papua, para a independência de Papua. Se isso não acontecer dentro de dois meses, eles dizem que vão atirar em mim", disse.

Rumianus Wandikbo, do Exército de Libertação Nacional de Papua Ocidental — o braço armado do Movimento de Papua Livre — disse em um vídeo separado que eles não estavam atrás de dinheiro, mas de seus "direitos de soberania".


"Não pedimos dinheiro, não estamos pedindo negócios econômicos ou porque a [operadora de mina] PT Freeport está em Tembagapura ou administrando petróleo em Sorong ou qualquer outra coisa, realmente exigimos nossos direitos de soberania", afirmou.

Mehrtens trabalhava no transporte de passageiros com um pequeno avião da Susi Air. No dia do sequestro, outras cinco pessoas, incluindo um bebê, estavam a bordo. Os rebeldes afirmam que todos foram liberados, mas que o piloto ficou para que fosse usado nas negociações.


O Ministério das Relações Exteriores e militares da Indonésia e a embaixada da Nova Zelândia em Jacarta não responderam aos pedidos de comentários.

As autoridades indonésias disseram anteriormente que estão priorizando negociações pacíficas para garantir a libertação de Mehrtens, mas sofrem para acessar o terreno montanhoso isolado e acidentado onde o rapaz é feito refém.

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