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Reino Unido flexibiliza restrições; onda de contágios preocupa na Ásia

Enquanto alguns países mantém bom ritmo de vacinação, outros impõem medidas de restrição para impedir novos surtos

Internacional|Do R7

Enquanto alguns países avançam na vacinação, outros enfrentam desafios
Enquanto alguns países avançam na vacinação, outros enfrentam desafios

O Reino Unido deu mais um grande passo rumo à normalidade nesta segunda-feira (17) com a flexibilização de restrições impostas pela pandemia de coronavírus, enquanto a situação é preocupante na Ásia, sobretudo na Índia, onde a passagem de um ciclone interrompeu os esforços para combater a devastadora onda de contágios.

A rapidez da vacinação nos Estados Unidos e no Reino Unido permitiram o fim de várias restrições, ao contrário de países como Taiwan e Singapura, onde as medidas foram reforçadas, uma demonstração da ameaça persistente que a pandemia representa para o mundo. 

O número total de infecções se aproxima de 163 milhões desde a detecção do vírus em dezembro de 2019. O aumento de novas variantes complica a luta contra a covid-19.

No atual contexto, mesmo os governos que flexibilizam as restrições pedem precaução. "Juntos alcançamos outro marco em nossa estratégia para sair do confinamento, mas devemos dar o próximo passo com uma elevada dose de precaução", disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.


Na Inglaterra, Gales e maior parte da Escócia, as áreas internas de bares, restaurantes e cafeterias voltaram a receber clientes. Cinemas, museus e instalações esportivas também abriram as portas pela primeira vez em meses. 

As famílias poderão se reunir a partir de agora com algumas restrições dentro das casas e as viagens internacionais serão retomadas para alguns países, incluindo Portugal. 


Mas as autoridades britânicas não descartam restrições localizadas em caso de focos - principalmente pela preocupação com a variante indiana -, apesar do número de pessoas totalmente vacinadas no Reino Unido superar 20 milhões.

Tempestade na Índia

A pandemia matou mais de 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo. Um dos focos mais graves no momento está na Índia, onde pelo menos 4 mil pessoas morrem a cada dia vítimas da covid-19. 


O país asiático já lutava com os problemas de suas infraestruturas médicas insuficientes e a falta de vacinas quando um ciclone no Mar Arábico atingiu o sul de seu território.

O estado de Gujarat teve que transferir todos os pacientes de covid-19 que estavam nos hospitais situados a menos de 5 km da costa, que deve ser atingida pela tempestade. 

As autoridades também tentavam evitar cortes de energia elétrica nos hospitais e nas fábricas de oxigênio nos distritos ameaçados pelo ciclone.

Quase 600 pacientes de Mumbai, a capital financeira da Índia, também foram transferidos para "locais mais seguros".

"Nos preocupa que o pico mortal na Índia seja um precursor do que acontecerá em outros lugares", afirmou nesta segunda-feira Henrietta Fore, diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

A variante responsável pela explosão de casos na Índia já foi detectada em pelo menos 44 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Singapura, o crescente número de casos levou o governo a endurecer as restrições, incluindo o fechamento das escolas. 

Diante do aumento de casos, as autoridades de Taiwan - que passou relativamente ilesa à pandemia no ano passado - anunciaram a suspensão das aulas presenciais a partir de terça-feira em Taipé e na cidade vizinha de Nova Taipé. 

Vacinação lenta

No Brasil, a vacinação avança de maneira lenta.

Quase 35 milhões de brasileiros (16% da população) receberam a primeira dose e quase 17 milhões as duas doses. números baixos para um país que registra quase 435.000 mortes provocadas pela covid-19 e que, atualmente, tem média de quase 2.000 óbitos por dia.

Na Argentina, o presidente Alberto Fernández afirmou que o país está preparado para receber a Copa América de futebol, apesar da pandemia (mais de 70.000 mortos).

Venezuela e Chile receberam vacinas doadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para imunizar jogadores, técnicos e árbitros

Dúvidas sobre os Jogos de Tóquio

A persistente ameaça do coronavírus ofusca os Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados no ano passado e que tem a cerimônia de abertura prevista para acontecer dentro de menos de 10 semanas, apesar do estado de emergência em algumas regiões do Japão.

Os organizadores garantem que o evento acontecerá, mas uma nova pesquisa mostrou que 80% dos japoneses desejam o cancelamento ou novo adiamento dos Jogos. 

O laboratório francês Sanofi publicou nesta segunda-feira resultados positivos de um teste clínico sobre sua principal candidata a uma vacina contra a covid-19, desenvolvida em parceria com a britânica GSK, após um revés que provocou vários meses de atraso. 

Os resultados intermediários do teste em humanos de fase 2 mostram que a administração da vacina "induz a produção de altas concentrações de anticorpos neutralizantes em adultos de todas as idades a níveis comparáveis aos observados em pessoas que se recuperaram da infecção", explica o laboratório em um comunicado. 

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