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Relatório afirma que 1 em cada 12 pessoas no mundo não possui energia elétrica

Cerca de 80% deste grupo vive na África subsaariana, onde a falta de acesso à eletricidade se mantém nos níveis de 2010

Internacional|Do R7

Maior parte deste grupo mora na África subsaariana
Maior parte deste grupo mora na África subsaariana

Várias organizações, incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Banco Mundial, divulgaram um relatório nesta terça-feira (6), segundo o qual 675 milhões de pessoas em todo o mundo vivem sem eletricidade – a grande maioria delas na África subsaariana.

O documento argumenta que o mundo não está no caminho certo para alcançar a meta de desenvolvimento sustentável adotada pelos países-membros da ONU em 2015, visando a garantir energia limpa e acessível até 2030.

O planeta enfrenta uma "desaceleração recente do ritmo mundial de eletrificação", disse, em nota, o vice-presidente do Banco Mundial, Guangzhe Chen. E, embora o número de pessoas que vivem sem eletricidade tenha caído quase pela metade na última década, 675 milhões de pessoas ainda estavam sem energia em 2021.

Cerca de 80% delas vivem na África subsaariana, onde a falta de acesso à eletricidade se mantém nos níveis de 2010.


"À medida que a transição para uma energia limpa avança mais rápido do que muitos acreditam, ainda resta muito por fazer para fornecer acesso sustentável, seguro e possível aos serviços modernos de energia" para milhões de pessoas, destacou o diretor-executivo da AIE (Agência Internacional de Energia), Fatih Birol, em um comunicado conjunto.

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Avanços têm sido feitos em alguns aspectos, como o aumento da taxa de uso de energias renováveis no setor elétrico, mas são insuficientes para atingir as metas da ONU.


Citando dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), o relatório também mostra que os fluxos financeiros públicos internacionais para energia limpa em países de rendas baixa e média diminuíram desde o período anterior à pandemia de Covid-19.

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De acordo com o relatório, o aumento da dívida e o encarecimento da energia estão ofuscando as perspectivas de se conseguir um acesso universal a sistemas de cocção de alimentos não poluentes e à eletricidade.

As projeções atuais apontam que, em 2030, cerca de 1,9 bilhão de pessoas não terão acesso a sistemas de cocção limpos, e 660 milhões, à eletricidade. Segundo a OMS, 3,2 milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças causadas pelo uso de combustíveis e de tecnologias poluentes.

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