Relembre os ciclones extratropicais que mais mataram na história
Fenômeno é conhecido por provocar ventos violentos, chuvas volumosas e fortes marés
Internacional|Do R7
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O tornado que devastou o município de Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná, na sexta-feira (7), foi resultado de uma frente fria intensa, associada à formação de um ciclone extratropical entre a costa do Rio Grande do Sul e o oceano Atlântico.
O município registrou cerca de 1.500 casas ficaram danificadas ou destruídas, com mais de 80% da população (13,6 mil habitantes) prejudicada. O desastre deixou ao menos 1.000 pessoas desalojadas e cerca de 28 desabrigadas, segundo informações a Defesa Civil.
Até o momento, sete pessoas morreram e 20 estão internadas por conta do desastre.
Embora não tenham a mesma fama dos furacões tropicais, alguns ciclones extratropicais foram devastadores, resultando em milhares de mortes.
A seguir, os cinco ciclones extratropicais mais mortais já registrados na história:
O mais mortal foi a Tempestade de São Marcelo, também conhecida como Grote Mandrenke, que atingiu o Mar do Norte em 16 de janeiro de 1362. O fenômeno provocou uma inundação catastrófica que devastou cidades costeiras na Inglaterra, nos Países Baixos, na Alemanha e na Dinamarca. Estima-se que cerca de 25 mil pessoas tenham morrido. O evento combinou uma tempestade extratropical extrema com maré alta, destruindo diques e alterando permanentemente o litoral europeu.
O segundo episódio mais mortal foi a Inundação do Mar do Norte de 1953, causada por uma poderosa tempestade extratropical que atingiu o noroeste da Europa entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 1953. A tempestade provocou o rompimento de diques nos Países Baixos e grandes inundações também na Bélgica e no Reino Unido. Ao todo, mais de 2.500 pessoas morreram, sendo 1.836 apenas na Holanda. O desastre levou à criação do moderno sistema de barreiras de proteção holandês, o Delta Works.
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Em terceiro lugar está a Tempestade Lothar, que atingiu a Europa Ocidental entre 25 e 27 de dezembro de 1999. O ciclone provocou ventos superiores a 180 km/h em partes da França, da Alemanha e de Luxemburgo, deixando cerca de 110 mortos. Foi considerada a pior tempestade de vento da Europa no século XX em termos de impacto humano e econômico, com prejuízos de dezenas de bilhões de euros.
A Tempestade Xynthia, ocorrida entre 27 de fevereiro e 1º de março de 2010, ocupa o quarto lugar na lista. O ciclone extratropical atingiu principalmente a França, causando 63 mortes. Os ventos fortes e a maré de tempestade romperam diques na costa atlântica, especialmente na região de La Faute-sur-Mer, onde dezenas de pessoas morreram afogadas.
Fechando a lista está a Tempestade Kyrill, que afetou a Europa Central e Ocidental entre 18 e 19 de janeiro de 2007. Ela provocou aproximadamente 47 mortes em países como Alemanha, Reino Unido, Holanda e Bélgica. Kyrill destacou-se pela grande área afetada e pelos extensos danos materiais, sendo uma das tempestades mais custosas já registradas no continente.
O que é um ciclone extratropical?
Os ciclones extratropicais são tempestades intensas formadas em latitudes médias, conhecidas por provocar ventos violentos, chuvas volumosas e fortes marés. Em algumas regiões, é possível nevar.
Os ciclones extratropicais geralmente se formam a partir da diferença de temperatura entre a região equatorial e as latitudes médias. Isso ocorre porque o ar quente da região equatorial sobe, enquanto o ar frio das latitudes médias desce, criando uma zona de conflito que pode gerar os ciclones.
Os ciclones extratropicais são diferentes dos ciclones tropicais, que ocorrem em regiões próximas ao equador. Os ciclones tropicais são mais conhecidos como furacões, tufões ou ciclones, e são caracterizados por ventos que atingem velocidades extremamente elevadas.
Já os ciclones extratropicais são geralmente menos intensos, mas podem causar danos significativos em áreas habitadas.
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