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Repórter negro é preso enquanto cobria ao vivo atos em Minneapolis

Jornalista Oscar Jimenez, da CNN, foi algemado enquanto transmitia o terceiro dia de protestos contra violência policial pela morte de George Floyd

Internacional|Do R7

Oscar Jimenez foi algemado enquanto transmitia os protestos ao vivo
Oscar Jimenez foi algemado enquanto transmitia os protestos ao vivo

O jornalista Oscar Jimenez, da rede de TV norte-americana CNN, foi preso enquanto transmitia ao vivo a chegada da polícia e de caminhões de bombeiros ao local das manifestações contra a violência policial, iniciados há três dias após um policial branco matar George Floyd, um homem negro, sufocado.

Por volta das 5h (horário local) desta sexta-feira (29) Jimenez falava sobre a chegada das forças policiais e dos bombeiros ao local onde os manifestantes se concentraram durante toda a noite e a madrugada, com o registro de vários ataques a estabelecimentos comerciais e outros prédios, incluindo a delegacia de polícia local, que foi incendiada.

Enquanto falava, policiais saem de trás dele para prender uma manifestante. Outros, cercam a equipe da TV. Jimenez explica aos policiais que é jornalista, está ao vivo e pergunta onde deve se posicionar para que eles possam seguir com a ação. Em seguida, o repórter é preso. Toda a cena é transmitida em rede nacional.

Os outros três membros da equipe também são detidos em seguida. É possível ver que a câmera seguiu ligada e transmitindo ao ser tomada das mãos do cinegrafista enquanto ele era também algemado.


Outro repórter da CNN, Josh Campbell, também trabalhava na cobertura dos protestos em Minneapolis. Ele, que é branco, relatou não estar longe de onde Jimenez foi preso, mas que foi tratado de forma "muito diferente" do colega. Segundo Campbell, os policiais respondiam às suas solicitações e pediam com educação para se afastar de algum local considerado inapropriado.

A equipe foi presa por volta das 5h, horário local de Minneapolis. Eles foram soltos cerca de uma hora depois.


O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu desculpas pessoalmente ao presidente da CNN, Jeff Zucker. Ele descreveu as prisões como "inaceitáveis", disse que eles tinham todo o direito de estar onde estavam e que deseja que a mídia esteja presente o tempo todo na cobertura dos eventos violentos que se desenrolam em Minneapolis.

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