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Deputados republicanos abrem investigação contra procuradora que acusou Trump na Geórgia

Congressistas querem saber se investigacão contra Trump tem motivação eleitoral e se tem interferência do governo Biden

Internacional|Do R7

Republicano acusou promotora de agir para inteferir na eleição presidencial
de 2024
Republicano acusou promotora de agir para inteferir na eleição presidencial de 2024

Deputados do Partido Republicano abriram nesta quinta-feira (24) uma investigação contra Fani Willis, a promotora distrital do condado de Fulton, na Geórgia, horas antes de o ex-presidente Donald Trump se apresentar as autoridades daquele estado para ser fichado e preso — ainda que por poucos minutos — pelas acusações de tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020.

O presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jim Jordan, um forte aliado de Trump, enviou a Willis uma carta levantando questões sobre se ela coordenou sua investigação com o Departamento de Justiça dos EUA, incluindo o procurador especial Jack Smith, ou se usou dinheiro de impostos federais na investigação.

“O governo federal tem um interesse substancial no bem-estar dos ex-presidentes”, escreveu Jordan em uma carta de cinco páginas a Willis. “E porque este ex-presidente é um atual candidato a esse cargo, a acusação implica outro interesse federal central: uma eleição presidencial”, disse Jordan.

Jordan levantou preocupações sobre a sua motivação para abrir o caso e afirmou a autoridade do Congresso para "investigar se ex-presidentes estão sendo submetidos a investigações e processos por motivação política". Jordan também indicou na carta que os parlamentares poderiam considerar projetos de lei sobre a utilização de fundos federais por autoridades estaduais no futuro.


O gabinete de Willis não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Maioria republicana

Os republicanos detêm uma apertada maioria na Câmara. Jordan e dois outros presidentes republicanos de comitês da Câmara iniciaram uma investigação semelhante contra o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, que apresentou acusações criminais contra Trump envolvendo dinheiro secreto pago a uma atriz pornô antes das eleições presidenciais de 2016. Bragg então processou Jordan para impedir o que o promotor chamou de “campanha de intimidação”.


Trump enfrentou acusações criminais em quatro casos neste ano, dois deles movidos por Jack Smith. Ele é o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar acusações na Justica e é o favorito na corrida pela indicação republicana para enfrentar o presidente Joe Biden, do Partido Democrata, nas eleições de 2024 nos EUA.

Jordan deu a Willis até as 11h (horário de Brasília) do dia 7 de setembro para entregar documentos e comunicações envolvendo qualquer uso de verbas federais por seu escritório e quaisquer contatos no caso Trump com funcionários do Departamento de Justiça ou de qualquer outro lugar da administração Biden.

A investigação da Câmara foi divulgada três dias depois de Trump ter acusado Willis em sua plataforma de mídia social de "caça às bruxas". Isso está em estrita coordenação com o Departamento de Justiça do corrupto Joe Biden. É tudo uma questão de INTERFERÊNCIA ELEITORAL!", escreveu Trump.

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