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Restrições de movimento ajudam a frear coronavírus na Europa

Com sistemas de saúde sobrecarregados e recordes em números de infecções, países europeus estudam formas de reverter segunda onda

Internacional|Da EFE, com R7

Itália fecha estabelecimentos comerciais por um mês
Itália fecha estabelecimentos comerciais por um mês

Grandes cidades e regiões europeias afetadas pelo coronavírus aumentaram as restrições de movimento, especialmente à noite, para lidar com a expansão da covid-19, enquanto os sistemas de saúde sofrem cada vez mais.

O que a imprensa chama de "toque de recolher" noturno se espalha pela Europa, mas em meio à preocupação geral está a esperança na forma de avanços na vacina desenvolvida de forma colaborativa pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, que gera uma forte resposta imunológica entre os maiores de 55 anos, o grupo mais vulnerável.

Os ensaios clínicos desta vacina estão na fase 3, a última antes de saber exatamente se é segura e se permite proteger a população da doença, após o que necessitará da aprovação dos reguladores antes de proceder a uma vacinação massiva.

Itália

Na Itália, a partir desta segunda-feira (26) até 24 de novembro, bares e restaurantes fecharão às 18h, além de teatros, cinemas, academias e piscinas, na tentativa do governo de desacelerar a curva de contágio, para evitar um novo confinamento e salvar o período de Natal.


Embora tenha sido evitado o toque de recolher nacional, que já existe em regiões como o Lácio, cuja capital é Roma, Campânia, Sicília, Calábria e Lombardia, as regiões podem encerrar as áreas com possíveis aglomerações até às 21h.

Restaurantes, bares, “pubs”, sorveterias e confeitarias podem funcionar somente das 5h às 18h, mas podem abrir aos domingos e feriados. São permitidas apenas quatro pessoas por mesa, desde que não sejam do mesmo núcleo familiar e com entrega em domicílio em até 24 horas.


Academia, piscinas e spas, bem como centros culturais, sociais e recreativos e salas de bingo e cassinos e parques de diversões também deverão ser fechados, enquanto os parques e playgrounds para crianças permanecerão abertos.

Alemanha

A chanceler alemã, Angela Merkel, alertou contra o crescente número de novas infecções diárias com o coronavírus na Alemanha, com 8.685 nas últimas 24 horas, e disse que os próximos meses serão difíceis.


"Meses muito, muito difíceis nos esperam", alertou Merkel na tarde de domingo (25) em uma conferência interna com os chefes do grupo parlamentar conservador dos estados federais, de acordo com o jornal Bild nesta segunda-feira (26).

“Não pode continuar assim”, disse, e alertou que espera que as infecções continuem a aumentar fortemente e que pelo menos até fevereiro será necessário abrir mão de eventos maiores também nos espaços exteriores. Ele culpou os viajantes pelo aumento das infecções após o período de férias.

De acordo com dados oficiais atualizados na última meia-noite, o número total de positivos desde o lançamento do primeiro contágio no país, no final de janeiro, é de 437.866, com 10.056 mortos.

República Tcheca

A República Tcheca registrou 7.301 infecções por covid-19 nas últimas 24 horas, o que representa um novo recorde para um domingo e a capacidade do hospital "está chegando ao limite", informou o Ministério da Saúde na segunda-feira (26).

Das mais de 258 mil infecções anunciadas até o momento, há 158.515 ativas hoje, enquanto mais de 97 mil pessoas foram curadas e 2.201 morreram como resultado do coronavírus.

São mais de 5,3 ml internados, 800 dos quais em estado grave, o que levou o Ministro da Saúde cessante, Roman Prymula, que disse no fim de semana que a capacidade hospitalar do país "está chegando no limite".

De acordo com as estimativas de seu Ministério, a República Tcheca enfrentará o momento mais crítico da pandemia na segunda quinzena de novembro.

Prymula, que foi demitido na semana passada após um escândalo ao ser flagrado pela imprensa em um restaurante aberto exclusivamente para uma reunião, quando esses estabelecimentos estavam fechados.

A República Tcheca é o país com maior incidência de coronavírus na União Europeia, com 1.284 casos acumulados por 100 mil habitantes.

Número real de infecções na França chega a 100 mil, segundo especialistas
Número real de infecções na França chega a 100 mil, segundo especialistas

França

O número de infecções reais na França gira em torno de 100 mil por dia, praticamente o dobro das 52.010 que foram notificadas no domingo, e que marcaram o quarto recorde consecutivo, segundo o Conselho Científico que assessora o Governo.

O seu presidente, Jean-François Delfraissy, afirmou: “estamos numa situação muito difícil, mesmo crítica” e acrescentou que esta onda vai atingir toda a Europa.

Questionado sobre a necessidade de recorrer ao confinamento, o especialista indicou que existem duas opções possíveis na situação atual: a primeira seria "um toque de recolher muito mais maciço" do que o que vai ser aplicado a dois terços da população francesa, com mais horas de fechamento e uma área mais ampla.

A segunda opção seria um confinamento geral mas “menos severo” do que o que foi aplicado na primeira onda, entre março e maio, que permitiria continuar a trabalhar, embora privilegiasse o trabalho remoto e a manutenção da atividade escolar.

Reino Unido

O Reino Unido registrou 19.790 novas infecções por covid-19 e outras 151 mortes no domingo, de acordo com os últimos dados oficiais, divulgados enquanto várias áreas do país estão sob estritas medidas restritivas para controlar a pandemia.

Com as novas infecções, o número total de casos de coronavírus no Reino Unido chega a 873.800 e o número de pessoas mortas por covid chega a 44.896 desde o início da pandemia.

Os dados mais recentes indicam que a taxa de pessoas hospitalizadas está aumentando rapidamente no norte da Inglaterra, onde várias áreas - como Liverpool e Manchester - estão sob restrições.

Número de casos na Bélgica disparam
Número de casos na Bélgica disparam

Bélgica

A Bélgica registrou em média 12.491 novos casos de coronavírus por dia na semana entre 16 e 22 de outubro, 44% a mais que na semana anterior, tendência que, se não revertida, pode significar que as unidades de terapia intensiva do país atingir sua capacidade máxima em quinze dias.

Bruxelas e a Valônia aplicam um toque de recolher das 22h às 6h, mais rigoroso do que em Flandres, que é mantido da meia-noite às 6h. Estas mesmas duas regiões anunciaram hoje o seu plano para o ensino médio a distância na quarta, quinta e sexta-feira, pouco antes da semana de férias de outono.

Portugal

As autoridades portuguesas estão atentas à pressão hospitalar, que prevêem aumentar nos dias de hoje, depois de registarem o seu recorde diário de infecções e hospitalizações durante o fim-de-semana.

Os “dias complicados” antecipados na última sexta-feira pela ministra da Saúde, Marta Temido, chegaram no sábado, quando o país teve 3.669 infecções em um único dia.

Já no domingo o máximo atingido foi o de internações, que somou 1.574 pessoas, número nunca alcançado, sendo 230 desses pacientes em terapia intensiva. No total, Portugal tem 118.686 infectados e 2.316 mortes por covid desde o início da pandemia.

Esta segunda-feira é também marcada pela regra aprovada em Assembleia da República de tornar obrigatório o uso de máscara na rua por pelo menos três meses, que foi aprovada na sexta-feira mas ainda não entrou em vigor, já que ainda não foi publicada no Diário Oficial da República.

Eslovênia

A Eslovênia deu mais um passo ao restringir a circulação de cidadãos, proibindo a partir de segunda-feira a saída do município de residência, exceto em casos de emergência ou por motivos de trabalho.

Desde a semana passada, o toque de recolher noturno está em vigor das 21h às 6h e as viagens entre as doze províncias do país estão proibidas, exceto por motivos de trabalho ou casos excepcionais como emergências ou doenças familiares.

Desde sábado, todas as lojas e serviços não essenciais estão fechadas, deixando apenas supermercados, farmácias e algumas lojas técnicas abertas. A partir de hoje, centros educacionais também estão fechados, incluindo centros universitários.

A pequena Eslovênia, de dois milhões de habitantes, registrou 1.675 novas infecções no sábado e cinco mortes, após atingir o recorde de 1.961 novas infecções em 24 horas do dia anterior.

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