Retirada militar da fronteira com a Ucrânia levará tempo, afirma governo russo
Declaração ocorreu enquanto os países ocidentais acusam a Rússia de manter ou inclusive reforçar suas tropas na região
Internacional|Do R7
O Kremlin anunciou nesta quinta-feira (17) que as tropas mobilizadas perto da fronteira com a Ucrânia para exercícios militares precisarão de "tempo" para retornar a suas bases, enquanto os países ocidentais acusam a Rússia de manter ou inclusive reforçar sua presença na região.
"O ministro da Defesa anunciou que algumas fases dos exercícios estão chegando ao fim, e que os militares retornarão a suas bases pouco a pouco", declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "É um processo que levará algum tempo", explicou.
Ele salientou ainda que o destacamento de tropas, que começou em dezembro no âmbito de manobras militares terrestres, aéreas e marítimas nas imediações do território ucraniano, demorou várias semanas.
Essas tropas "não podem decolar e voar ao mesmo tempo. Leva tempo para fazê-lo", insistiu Peskov, assegurando que o Ministério da Defesa russo planejou um "calendário" para a retirada.
Além disso, Peskov considerou "infundadas, como sempre", as acusações da Casa Branca, que afirmou nesta quarta-feira (16) não apenas que Moscou não havia retirado tropas de sua fronteira com a Ucrânia, mas, pelo contrário, que havia mobilizado mais 7.000 na região.
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O Ocidente está preocupado há semanas com o possível risco de uma invasão da Ucrânia pela Rússia, que concentrou mais de 100 mil soldados na fronteira com seu vizinho.
A Rússia, que nega querer invadir a Ucrânia, anunciou na terça (15) e nesta quarta-feira a retirada de parte de suas tropas.