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Riacho é desviado para ajudar em resgate de meninos na Tailândia

Medida é para tentar retirar milhões de litros de água que são despejados diariamente dentro da caverna onde estão os meninos e o técnico

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Desvio retira milhões de litros de dentro da caverna
Desvio retira milhões de litros de dentro da caverna

Trabalhadores na Tailândia construíram um canal de cerca de 200 metros para desviar o curso de um riacho que fluía para dentro da caverna de Tham Luang, onde estão presos os 12 meninos e o técnico de futebol que se perderam no dia 23 de junho.

A ideia é diminuir um fluxo de até 13 mil metros cúbicos, o equivalente a 13 milhões de litros, de água por dia. Com isso, as equipes de resgate esperam que o nível dentro da caverna diminua o suficiente para facilitar a remoção dos que estão presos na caverna. O desvio deve ajudar a drenar água mesmo que volte a chover na região.

Cuidados com a água

O riacho foi descoberto por voluntários que percorrem a região em busca de outras entradas para atingir a caverna. Homens dos departamentos de Irrigação, Recursos Naturais e Parques Nacionais da Tailândia fizeram a obra do desvio entre terça e quarta-feira (4).


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Segundo Thongplaew Kongchan, chefe do departamento de Irrigação do governo Tailândês, no momento as bombas e o desvio estão conseguindo retirar cerca de 68 mil metros cúbicos (ou 68 milhões de litros) de água da caverna todos os dias, o que faz o nível do fluxo interno cair cerca de um centímetro a cada duas horas.

Outra preocupação das autoridades é com o volume de água retirado da caverna, que está inundando uma área de 1,3 quilômetro quadrado próxima ao complexo de cavernas, onde existem diversas fazendas de cultivo de arroz. O governo instalou bombas para retirar esse excesso dos campos de arroz e despejar em um canal a cerca de 30 quilômetros de distância.


Solução parcial

Segundo o instrutor de mergulho especializado em resgate Akira Matsuda, a remoção de água é uma medida positiva, mas pode ser prejudicada por causa da estação das monções que está em pleno andamento no sudeste asiático.

"É uma medida que ajuda, mas o problema é que o fluxo de água para dentro do complexo é muito grande, ainda mais em época de chuva. A caverna é um escoadouro de água ali. Bombear o excesso pode não ser suficiente", afirma.

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