Rishi Sunak se consolida na liderança para suceder Johnson

Ex-ministro britânico de Finanças tem 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82

18/07/2022 - 18h19 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h34)

O ex-ministro britânico de Finanças Rishi Sunak ampliou, nesta segunda-feira (18), a vantagem na corrida para substituir o primeiro-ministro Boris Johnson, enquanto a ministra de Relações Exteriores, Liz Truss, reduziu a distância em sua tentativa de ficar entre os dois finalistas.

Na terceira rodada de votação entre os parlamentares conservadores, realizada nesta tarde, Sunak obteve 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82, e de Truss, com 71 — sete a mais que na segunda rodada.

A ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch ficou em quarto lugar, com 58 votos, e o presidente da comissão parlamentar de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, foi eliminado, com 31 votos.

Após a dramática renúncia de Johnson, em 7 de julho, como líder do Partido Conservador, que o removerá da chefia do governo assim que a formação encontrar um sucessor, começou na semana passada a longa corrida interna para substituí-lo.

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Em um primeiro momento, os 358 parlamentares conservadores votam em sucessivas rodadas eliminatórias até designar, em 21 de julho, dois candidatos finalistas.

Os cerca de 200 mil afiliados ao Partido Conservador elegerão então entre eles um vencedor, por meio de votação pelos correios ao longo do verão. O resultado final será anunciado em 5 de setembro.

Na França, as temperaturas poderão situar-se entre os 38ºC e os 40ºC em grande parte do país e, segundo o serviço meteorológico Météo France, “algumas zonas do sudoeste” poderão experimentar “um apocalipse de calor” com até 44ºC

"Espera-se um calor particularmente intenso, não uma onda de calor típica do verão", disse à AFP François Gourand, meteorologista da Météo France, quando o oeste do país está em "alerta vermelho"

Os bombeiros continuam sua luta contra os incêndios na Espanha e em Portugal. A onda de calor é a segunda registrada em menos de um mês na Europa, em plena campanha turística de verão. Para os cientistas, a multiplicação desses fenômenos é consequência direta das mudanças climáticas

As recomendações não são triviais. A onda de calor já fez vítimas durante sua passagem pela Espanha no último fim de semana. O termômetro chegou a 43,4ºC em Don Benito, perto de Badajoz, no oeste do país

Neste domingo (17), um homem de 50 anos morreu de insolação em Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri. Um dia antes, um trabalhador de limpeza de 60 anos perdeu a vida na capital pelo mesmo motivo, segundo autoridades locais

Os incêndios provocados pela onda de calor na Espanha também provocaram a morte de um pastor na província de Zamora, no noroeste, anunciaram nesta segunda-feira (18) autoridades locais. Neste domingo (17), um bombeiro também morreu na mesma região

Em Portugal, cerca de 800 bombeiros ainda combatem quatro incêndios no centro e no norte do país, mas a Proteção Civil estimou que a situação era favorável graças à queda da temperatura

Depois de bater o recorde de temperatura para um mês de julho na quinta-feira (14), com 47ºC registrados no norte, Portugal deve experimentar um dia mais frio nesta segunda-feira (18), encerrando uma onda de calor de mais de uma semana

Na França, equipes de emergência também estão trabalhando. Dois grandes incêndios queimaram 14 mil hectares de vegetação no sudoeste do país, perto de Bordeaux, por uma semana

O governo britânico foi acusado neste domingo (17) de ignorar a situação, depois que o primeiro-ministro Boris Johnson saiu de uma reunião de crise e seu ministro da Justiça, Dominic Raab, parecia satisfeito com a possibilidade de o termômetro subir acima de 40°C pela primeira vez

Em meio à onda de calor na Europa, o Reino Unido está se preparando para ultrapassar os 40ºC nesta terça-feira (19), pela primeira vez em sua história. O recorde atual é de 38,7ºC, em 25 de julho de 2019