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Rússia acusa Ucrânia de derrubar voo MH17, da Malaysia Airlines

Russos dizem que míssil usado no ataque era de Kiev. Meses atrás, Holanda defendeu que projétil usado para derrubar avião pertencia a Moscou

Internacional|ANSA Brasil

Ministério da Defesa divulgou conclusões de análise
Ministério da Defesa divulgou conclusões de análise

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou nesta segunda-feira (17) as conclusões de uma análise do material que indicaria sua participação no abatimento do voo MH17, ocorrido em 17 de julho de 2014, na Ucrânia, e disse que os vídeos apresentados como provas são "falsos".

O posicionamento chega quase quatro meses depois de o inquérito conduzido na Holanda ter defendido que o míssil usado para derrubar o avião da Malaysia Airlines pertencia a Moscou.

A conclusão foi baseada em vídeos e fotos que mostram o trajeto percorrido pelo sistema antiaéreo, que teria sido levado para o leste da Ucrânia, sob domínio de rebeldes pró-Rússia, e depois voltado para o país vizinho.

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Segundo Moscou, no entanto, os vídeos foram "falsificados". Além disso, o Kremlin diz que o míssil Buk identificado nas imagens foi entregue à Ucrânia em 1986 e "nunca devolvido" à Rússia depois do desmantelamento da União Soviética.


O Ministério da Defesa russo afirmou que o número de série apresentado pelos investigadores holandeses - 8868720 - conduz a um projétil produzido em Dolgoprudny, na região de Moscou, e fornecido, em 29 de dezembro de 1986, à "unidade militar 20152", situada então na República Socialista da Ucrânia.

"Todo o material está à disposição dos investigadores, que poderão consultá-lo na Rússia", declarou o porta-voz do Ministério da Defesa Igor Konashenkov. O governo russo também disse ter interceptado uma conversa entre militares ucranianos que comprovariam a responsabilidade de Kiev no abatimento do MH17.


"A Ucrânia é responsável não apenas pela tragédia, mas também por ter manipulado as investigações internacionais", acrescentou Konashenkov. O registro seria referente a 2016 e, de acordo com Moscou, um dos interlocutores seria o coronel Ruslan Grinchak, atual primeiro vice-comandante aéreo ocidental das Forças Armadas Ucranianas.

"Rapazes, se fizermos assim, haverá outro Boeing malaio", teria dito Grinchak, lamentando-se do nível insatisfatório de preparação de seus colegas, então empenhados em um exercício militar. A tese anterior de Moscou era de que o avião havia sido derrubado por um míssil ar-ar disparado por um caça ucraniano.

O governo da Ucrânia respondeu e disse que as denúncias são uma "falsificação fracassada" feita para "esconder os crimes" da Rússia. O Boeing 777 levava 298 pessoas e voava de Amsterdã, na Holanda, a Kuala Lumpur, na Malásia. Todos os passageiros e tripulantes morreram. A aeronave caiu no leste da Ucrânia, que é palco de conflitos separatistas desde 2014.

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