Rússia anuncia investigação sobre queda de avião que matou líder do grupo Wagner
As dez pessoas que estavam a bordo da aeronave morreram; Vladimir Putin não se pronunciou sobre o caso
Internacional|Do R7, com AFP
A Rússia iniciou nesta quinta-feira (24) uma apuração sobre o acidente de avião que matou Yevgueni Prigozhin, líder do grupo paramilitar Wagner, na região de Tver, ao noroeste de Moscou. As circunstâncias do acidente aéreo estimulam as especulações de um eventual assassinato.
O Comitê de Inquérito russo abriu uma investigação de "violação das regras de segurança do transporte aéreo", mas não mencionou nenhuma pista em particular.
O Ministério de Situações de Emergências da Rússia confirmou apenas que a aeronave, que caiu perto da cidade de Kujenkino, era um jato particular Embraer Legacy.
O presidente Vladimir Putin não fez nenhuma menção ao ocorrido em suas aparições públicas nesta quarta (23) nem nesta quinta-feira.
O líder russo considera o fundador do grupo de mercenários um traidor desde a tentativa de motim do fim de junho para derrubar o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu.
Os sete passageiros e os três integrantes da tripulação morreram na queda da aeronave.
Entre as vítimas está Dmitri Utkin, braço direito de Prigozhin. O ex-oficial do serviço de inteligência militar russos era o comandante de operações do Wagner. Valeri Chekalov, diretor de logística do grupo mercenário, também estaria no voo.
Vídeos divulgados por vários canais do Telegram que afirmam ter vínculos com o grupo Wagner mostram os destroços de um avião, em chamas, em um campo. Outras imagens são da queda do jato.
Nas redes sociais, várias contas próximas ao grupo paramilitar mencionaram a hipótese de lançamento de um míssil terra-ar para explicar o incidente.