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Rússia bombardeia mais uma fábrica de armamentos perto de Kiev após naufrágio de navio

Ministério de Defesa russo confirmou o ataque neste sábado (16), e fumaça é avistada nos arredores da capital ucraniana

Internacional|Do R7, com informações da AFP

Fumaça é avistada em Kiev após novos bombardeios russos neste sábado (16)
Fumaça é avistada em Kiev após novos bombardeios russos neste sábado (16)

A Rússia bombardeou mais uma fábrica militar perto de Kiev, neste sábado (16), cumprindo sua ameaça de intensificar os ataques contra a capital ucraniana após o naufrágio do navio Moskva, no mar Negro, nesta semana, em um ataque reivindicado pela Ucrânia.

O complexo industrial sob ataque produz principalmente tanques e fica no distrito de Darnytsky, segundo informações da AFP. Um grande número de soldados e socorristas estava no local, de onde saía bastante fumaça, como atestaram os repórteres da agência.

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Em Moscou, o Ministério de Defesa russo confirmou o ataque.

"Mísseis ar-terra de longo alcance e alta precisão destruíram os edifícios de uma fábrica que produz armamentos em Kiev", afirmou o ministério em um comunicado feito pelo Telegram.


O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou nas redes sociais que não havia informações sobre possíveis vítimas ainda.

"Nesta manhã, Kiev foi bombardeada. Houve explosões em Darnytsky, na periferia da cidade. As equipes de resgate trabalham neste momento por lá", afirmou Vitali.


O prefeito pediu mais uma vez aos habitantes que não voltem a Kiev e permaneçam em "local seguro" fora da capital.

Duro golpe para a Rússia

Os ataques russos contra a capital ucraniana haviam diminuído desde o fim de março, quando Moscou retirou suas tropas de Kiev e anunciou que concentraria sua ofensiva no leste da Ucrânia.


Porém, a Rússia sofreu na quinta-feira (14) um duro golpe com o incêndio e posterior naufrágio do cruzador Moskva, no mar Negro, que Kiev garante ter atingido com mísseis, enquanto Moscou acusa as forças ucranianas de bombardear localidades russas próximas da fronteira.

A Rússia, porém, continua afirmando que o cruzador afundou por conta de um incêndio causado pela explosão de suas próprias munições e que a tripulação de cerca de 500 homens foi retirada.

Por outro lado, uma oficial ucraniana rebateu essa informação. "Uma tempestade impediu o resgate do navio e a retirada da tripulação russa", afirmou Natalia Gumeniuk, porta-voz do comando militar do sul da Ucrânia.

"Estamos perfeitamente conscientes de que não nos perdoarão", continuou Natalia, referindo-se à Rússia e possíveis novos ataques.

Retaliações

Em possível resposta ao naufrágio, os bombardeios perto de Kiev recomeçaram na noite da quinta-feira (14), quando uma fábrica de mísseis Netuno — a munição usada para afundar o navio russo Moskva, segundo a Ucrânia — foi alvo de um ataque de Moscou e ficou parcialmente destruída.

A fábrica de Vizar e o prédio administrativo adjacente, localizados a cerca de 30 quilômetros do Aeroporto Internacional de Kiev, sofreram danos significativos.

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