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Rússia: casos de covid sobem, mas país descarta medidas drásticas

Nas últimas 24 horas foi registrado o maior número de casos desde o fim de julho. Autoridades russas afirmam que a situação está sob controle

Internacional|Da EFE

Moscou é o principal foco de casos. O prefeito disse que a situação está sob controle
Moscou é o principal foco de casos. O prefeito disse que a situação está sob controle

Os casos diários de covid-19 têm aumentado na Rússia, embora a letalidade da doença continue baixa e a situação esteja sob controle, afirmam as autoridades russas, que não cogitam aplicar novamente medidas drásticas, como o confinamento.

Nas últimas 24 horas, 6.065 novos casos foram registrados no país, o maior número desde o fim de julho, segundo dados divulgados neste sábado (19) pelo comitê de combate à propagação do coronavírus Sars-CoV-2. Desde o início da pandemia 19.339 pessoas morreram com covid-19 na Rússia.

"É natural o aumento do número de doentes. Há cada vez mais dados sobre um aumento sazonal da morbidade do coronavírus, como acontece com outras infecções transmitidas pelo ar", disse neste sábado o epidemiologista-chefe do Ministério da Saúde russo, Nikolay Briko, citado pela agência "Interfax".

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O especialista explicou que, além da chegada do outono, a volta dos estudantes à sala de aula e dos trabalhadores às empresas "conduz inevitavelmente a um aumento do contágio", motivo pelo qual deve-se "esperar um aumento dos casos de gripe, doenças respiratórias e coronavírus".


Na opinião de Briko, "a situação está sob controle e não será necessário adotar medidas extraordinárias, nem deverá haver um regresso à situação anterior", ao citar medidas como as quarentenas.

"Claro que surgirão situações em alguns lugares que exigirão medidas sanitárias específicas, mas não em todo o país", destacou o epidemiologista, observando que a situação da epidêmica não é a mesma em todas as regiões da Rússia.


Principal foco

Moscou é o principal foco de contágios no país, com 275.633 casos e 5.044 mortes. Nas últimas 24 horas, a capital russa registrou 825 novas infecções, o maior número diário em quase três meses.

O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, garantiu que a situação esta controlada e que não será necessário voltar ao confinamento, como o que foi implantado em março e durou quase quatro meses.


"Nada terminou, a pandemia continua. Vamos como está se desenvolvendo nos países europeus, onde tem ocorrido um forte aumento. Em Moscou isso não acontece, os pequenos aumentos de casos têm a ver com o grande aumento do número de testes, comentou o prefeito na sexta-feira.

A Rússia é o quarto país do mundo com o maior número de casos de covid-19 confirmados, 1.097.251, atrás apenas de Estados Unidos, Índia e Brasil.

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