Rússia cita Brasil e EUA para defender combate à covid-19
Primeiro-ministro russo disse que números no país são duas vezes menores que o de países americanos. Rússia tem 789.190 casos confirmados
Internacional|Da EFE
O primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, vangloriou-se nesta quarta-feira (22) da gestão que seu governo faz na crise do novo coronavírus e garantiu que os números são melhores do que os registrados em outros países, como Estados Unidos e Brasil.
Ao apresentar hoje o relatório anual da gestão do governo à Duma do Estado, a Câmara Baixa do Parlamento, o premier disse: "A Rússia lida com o novo coronavírus melhor do que muitos países. O número de pacientes por mil habitantes em nosso país é duas vezes inferior aos dos EUA, Brasil e outros países".
Ele defendeu que todas as medidas adotadas pelo gabinete desde o início da crise sanitária foram "oportunas e corretas" e "permitiram salvar milhares de vidas".
Segundo dados oficiais, até o momento a Rússia registrou 789.190 casos e 12.745 mortes por covid-19.
"A experiência de combater ao coronavírus mostrou que nosso sistema de saúde pode se mobilizar contra qualquer ameaça séria", insistiu Mishustin.
Mantendo a vigilância
Ao mesmo tempo, enfatizou a necessidade de "manter a vigilância até que um medicamento eficaz contra o coronavírus esteja disponível".
O primeiro-ministro destacou que as medidas de apoio à população e à economia exigem políticas orçamentárias mais flexíveis: os gastos aumentaram apesar da queda na renda.
"Graças a isso, as consequências da disseminação do coronavírus no país foram mitigadas", resumiu.
Aumento do desemprego
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No entanto, ele observou que a crise sanitária "mudou profundamente o mercado de trabalho" e admitiu que desde 1º de abril, o número de desempregados registrados aumentou 3,5 vezes e atualmente é de cerca de 3 milhões.
Entre as medidas para apoiar a população, Mikhail Mishustin destacou a concessão de empréstimos sem juros a empresas no valor de 93 bilhões de rublos (cerca de R$ 6,9 bilhões) para pagamento de salários.
Além disso, ele lembrou que desde 1º de junho, foi criado um sistema de créditos que poderia ser perdoado caso as empresas mantivessem a maioria de seus funcionários na folha de pagamento.