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Rússia é considerada responsável pelo assassinato de ex-espião

Alexander Litvinenko foi envenenado com polônio 210 e há indícios que os autores atuaram em nome das autoridades russas

Internacional|Do R7

O ex-espião assassinado com o uso de polônio, Alexander Litvinenko
O ex-espião assassinado com o uso de polônio, Alexander Litvinenko

O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) considerou, nesta terça-feira (21), que a Rússia é "responsável" pelo assassinato do ex-espião e opositor Alexander Litvinenko, envenenado com polônio 210 em 2006 no Reino Unido.

A corte afirma que, "além de qualquer dúvida razoável", os russos Andrei Lugovoy e Dmitri Kovtun executaram o assassinato e existem "fortes indícios" de que atuaram em nome das autoridades russas.

Os magistrados consideraram que "o assassinato de Litvinenko era imputável à Rússia" e que Moscou não apresentou uma explicação alternativa "satisfatória" nem refutou as conclusões da investigação pública no Reino Unido.

O tribunal declarou a Rússia culpada de violar o artigo 2 do Convênio Europeu de Direitos Humanos, que garante o direito à vida, e o artigo 38, que obriga os Estados membros do TEDH a apresentar todos os documentos necessários para examinar um caso.


A corte de Estrasburgo (nordeste da França) condenou a Rússia a pagar 100 mil euros, cerca de R$625 mil, à viúva de Litvinenko por danos morais.

O juiz russo do TEDH emitiu um voto particular a respeito da violação do direito à vida.

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Opositor do Kremlin e exilado no Reino Unido, Litvinenko morreu em 23 de novembro de 2006 envenenado com polônio 210, uma substância radioativa altamente tóxica. Quando estavam em condição crítica, ele acusou o presidente russo, Vladimir Putin.

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