Rússia: entrada da Ucrânia na Otan iniciaria Terceira Guerra Mundial
Subsecretário do Conselho de Segurança russo disse que a maioria dos países da aliança militar não são a favor da adesão de Kiev
Internacional|Do R7
O subsecretário do Conselho de Segurança da Rússia, Alexander Venediktov, advertiu nesta quinta-feira (13) que a entrada da Ucrânia na Otan provocaria a Terceira Guerra Mundial, ao comentar a recente candidatura de Kiev à aliança militar.
"Esta é mais uma etapa de propaganda. Kiev compreende plenamente que esse passo significará uma escalada garantida para a Terceira Guerra Mundial", disse o político em entrevista à agência de notícias russa TASS.
De acordo com Venediktov, a intenção era "criar ruído no espaço de informação e, mais uma vez, atrair atenção".
"Embora, dada a falta de contato com a realidade de muitos representantes do regime de Kiev, não me surpreenderia se um deles estivesse realmente contando com a adesão de seu país à Otan", acrescentou.
Venediktov destacou, apesar das afirmações da Otan de que não está envolvida no conflito ucraniano, que "as ações dos países ocidentais mostram que eles são participantes diretos do conflito".
"Entretanto, a admissão da Ucrânia na Otan daria automaticamente uma nova qualidade a essa participação, pois implicaria no artigo 5 (sobre defesa coletiva do grupo), e sabemos quais seriam as consequências para a humanidade", declarou.
O subsecretário do Conselho de Segurança russo acrescentou que os membros da Otan "entendem que tal medida seria suicida", razão pela qual, com exceção dos países bálticos, nenhum outro apoiou a proposta, e apenas foram ouvidas desculpas para não admitir a Ucrânia na aliança militar.
Leia também
Em 30 de setembro, após a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia pela Rússia, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, assinou um pedido de adesão à Otan "de forma acelerada".
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, respondeu ao pedido dizendo que as portas da Otan "permanecem abertas" para a Ucrânia, mas lembrou que há um processo a ser seguido para que se obtenha a adesão.