Rússia critica Twitter por não ter suprimido conteúdo controverso
FreepikO Kremlin disse "esperar" não ter de proibir as redes sociais estrangeiras, enquanto as criticava por seus critérios de moderação de conteúdo, especialmente político - declarou seu porta-voz, Dmitri Peskov, nesta terça-feira (30).
No início de março, as autoridades russas deram um primeiro alerta ao Twitter e desaceleraram seu funcionamento, acusando-o de não ter suprimido conteúdos "ilegais" de sua plataforma.
Moscou deu ao Twitter um mês para agir, sob pena de um apagão total. E deu a entender que o Facebook, ou o YouTube, podem ser os próximos.
As autoridades russas criticam, em especial, a difusão de conteúdos de apoio ao opositor Alexei Navalny.
"Me agradaria esperar que não tenhamos que chegar a este ponto e que terão sido encontrados meios para resolver o conflito", disse Peskov ao jornal Argoumenty i facty, nesta terça.
"Ninguém quer uma proibição completa. Seria insensato defender isso, mas temos que obrigar estas empresas a respeitar nossas regras", alertou.
"Nenhum Estado que se preze deixaria uma empresa lhe impor suas condições", completou.
Moscou acusa o Twitter de não ter suprimido conteúdos que incitavam menores ao suicídio, pornografia infantil, ou informações sobre o uso de drogas. A plataforma americana nega as acusações russas e diz estar "muito preocupada" com as "tentativas de bloquear e asfixiar o diálogo público on-line".