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Rússia, Irã e Turquia apoiam Constituinte da Síria

Os ministros dos três países, porém, não conseguiram combinar a composição de um Comitê Constitucional sírio patrocinado pela ONU

Internacional|Do R7

Trio de ministros não selaram proposta para comitê
Trio de ministros não selaram proposta para comitê

Rússia, Irã e Turquia, apoiadores dos principais envolvidos na complexa guerra civil da Síria, não conseguiram combinar a composição de um Comitê Constitucional sírio patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, mas pediram que ele se reúna no início do ano que vem para dar início a um processo de paz viável.

Em um comunicado conjunto lido pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, depois de o trio se encontrar com o enviado de paz da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, em Genebra, as partes disseram que a nova iniciativa deveria se guiar "por um sentimento de concessão e engajamento construtivo".

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Os chanceleres das três nações esperavam selar uma proposta conjunta para um comitê, que poderia encaminhar eleições, e obter a bênção da ONU para ela.


Mas o comunicado dos três não mencionou a composição da entidade, ressaltando uma discórdia persistente a respeito das listas de candidatos apresentadas pelo presidente sírio, Bashar al-Assad, e seus adversários rebeldes.

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Falando à mídia estatal de seu país, o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, disse somente que as três potências fizeram "contribuições importantes" para a criação do conselho e que nomes sugeridos foram avaliados.


"A ONU, é claro, fará o trabalho necessário sobre os nomes indicados no processo a seguir", disse Cavusoglu.

Em uma coletiva de imprensa separada, De Mistura deixou claro que as três potências ainda não equacionaram um fórum político funcional depois de anos de tentativas frustradas de encerrar uma guerra que matou centenas de milhares e deslocou metade da população da Síria.


"Acredito que existe um quilômetro a mais a se percorrer na maratona do esforço de conseguir o pacote necessário para um comitê constitucional crível, equilibrado e inclusivo e para incluir um arranjo equilibrado para a presidência, um organismo redator e um prazo de votação – a ser estabelecido sob os auspícios da ONU em Genebra".

De Mistura, que deixa o cargo em 31 de dezembro depois de quatro anos, vem lutando desde janeiro para firmar um acordo sobre a identidade dos 150 membros do comitê.

Ele disse que dará seu parecer ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na quarta-feira e ao Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira, e que espera que seu sucessor, Geir Pedersen, capitalize seu trabalho e "se concentre no aspecto puramente político" do encerramento do conflito.

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