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Rússia mostra sinais de recuo de objetivos na Ucrânia e concentra ataques no centro-leste

Forças armadas de Vladimir Putin perderam terreno na região da capital Kiev e atuam com maior força no lado oriental

Internacional|Do R7

Região separatista de Donbass recebe conflito armado há cerca de oito anos
Região separatista de Donbass recebe conflito armado há cerca de oito anos

O comando da força aérea da Ucrânia em Vinnitsa, região central do país, foi atingido por uma salva de mísseis de cruzeiro, que causaram "danos importantes", informaram as Forças Armadas ucranianas nesta sexta-feira (25).

Em Kharkov, leste do país, o prefeito denunciou bombardeios "indiscriminados" que deixaram pelo menos quatro mortos.

O Ministério russo da Defesa garantiu ter destruído o maior depósito de combustível do exército ucraniano perto de Kiev, que segundo Moscou "servia para abastecer as unidades na parte central do país".

Apesar dos ataques, as tropas russas sofreram importantes baixas e, há algumas semanas, não têm conseguido qualquer avanço significativo.


O exército russo reconheceu na sexta-feira que 1.351 de seus soldados morreram e 3.825 ficaram feridos desde o início da ofensiva militar, em 24 de fevereiro, e acusou os países ocidentais de cometer um "erro" ao entregar armas a Kiev.

No que poderia ser uma mudança importante de orientações, o exército russo anunciou que, de agora em diante, seu objetivo será a "libertação" da região de Donbass, no leste da Ucrânia, de língua majoritariamente russa.


O vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Sergei Rudskoy, alegou que a ordem foi dada considerando que "os principais objetivos da primeira fase da operação foram alcançados" e que "a capacidade de combate das forças ucranianas foi significativamente reduzida".

Uma parte de Donbass está sob controle de separatistas pró-Rússia desde 2014.


O envio à Ucrânia de mísseis antitanques portáteis e de outros armamentos ocidentais ajudaram as forças ucranianas a segurar o avanço russo e até a permitir que as forças ucranianas passem ao ataque em algumas regiões.

As tropas russas tentaram por vários dias cercar Kiev, mas os contra-ataques "permitiriam à Ucrânia recuperar vilarejos e posições defensivas em um raio de 35 km" da capital, detalhou um relatório do ministério britânico da Defesa.

Diálogo de surdos

A Rússia garantiu que as negociações com a Ucrânia não avançam sobre os principais temas e afirmou que o governo de Kiev está preocupado sobretudo em "obter garantias de segurança de potências terceiras" caso "não consiga aderir à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)".

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, classificou as negociações com a Rússia como "muito difíceis" e afirmou que a Ucrânia não cederá em questões essenciais.

"Insistimos, antes de mais nada, em obter um cessar-fogo e garantias de segurança e da integridade territorial da Ucrânia", declarou.

Alerta sobre armas químicas

Biden alertou na quinta-feira (24), após participar de uma cúpula da Otan em Bruxelas, que a Aliança transatlântica "responderia" caso Putin ordenasse o uso de armas químicas na Ucrânia.

O assessor de Biden em questões de segurança nacional, Jake Sullivan, afirmou nesta sexta-feira que a Rússia pagaria "um preço muito alto" se recorrer a este tipo de arsenal, mas esclareceu que os Estados Unidos "não têm a intenção de usar armas químicas em qualquer circunstância".

O Kremlin acusou os Estados Unidos de desenvolver um programa de armamento químico e biológico na Ucrânia e, nesta sexta-feira, afirmou que as declarações de Biden tem o intuito de "desviar o foco" desse assunto.

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A Rússia também negou recorrer a bombas incendiárias, cujo uso contra a população civil é proibido internacionalmente.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, acusou o Ocidente de querer "destruir, romper, destroçar, asfixiar a economia e a Rússia em sua totalidade". Putin comparou as sanções contra a cultura russa com a queima de livros promovida pelos nazistas nos anos 1930.

"Estão tentando anular um país que tem mil anos e estou me referindo à progressiva descriminação contra tudo que for relacionado à Rússia", declarou Putin.

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