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Rússia põe em dúvida proposta de Biden para novo tratado nuclear

Presidente dos Estados Unidos convidou russos para conversar sobre armamentos, convenção na qual China também faria parte

Internacional|Do R7

Joe Biden e Vladimir Putin tiveram relação política abalada após invasão da Ucrânia
Joe Biden e Vladimir Putin tiveram relação política abalada após invasão da Ucrânia

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, pôs em dúvida nesta segunda-feira (1º) a proposta do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que sugeriu negociações imediatas para a assinatura de um novo tratado nuclear.

"E nós precisamos disso? O mundo mudou", escreveu Medvedev em seu canal no Telegram.

Medvedev ressaltou que Biden, "fazendo das tripas coração", admitiu que, "mesmo em tempos de Guerra Fria, a União Soviética e os Estados Unidos abordavam questões de segurança e chegavam a compromissos", para o que seria necessário um novo tratado para substituir o Novo Start, que expira em 2026.

"Tudo isso, é claro, está certo. No entanto, eu insisto. Agora a situação é muito pior do que na Guerra Fria. Muito pior! E não temos culpa", acrescentou.


Biden expressou nesta segunda-feira sua disposição de começar a negociar "imediatamente" com a Rússia um tratado para substituir o Novo Start, que limita o número de armas nucleares de ambas as superpotências.

No entanto, advertiu que qualquer negociação "requer um parceiro disposto a operar de boa-fé" e lembrou que "a agressão brutal e injustificada da Rússia contra a Ucrânia abalou a paz na Europa e constitui um ataque contra os princípios fundamentais da ordem internacional".


"Nesse contexto, a Rússia deve demonstrar que está pronta para retomar o trabalho de controle de armas nucleares com os EUA", disse o presidente americano, em comunicado por ocasião da conferência de não proliferação nuclear em Nova York.

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O Novo Start limita o número de armas nucleares estratégicas, com um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos.


Putin, que sustenta que a corrida armamentista no mundo "está em andamento" desde que os EUA abandonaram o tratado antimísseis em 2002, dirigiu-se hoje à conferência de não proliferação com a frase: "Em uma guerra nuclear não pode haver vencedores".

"Essa não deve ser desencadeada jamais; defendemos a segurança em termos iguais e indivisíveis para todos os membros da comunidade internacional", completou.

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