Guerra Israel x Hamas

Internacional Rússia vai apresentar proposta de trégua humanitária para Gaza no Conselho de Segurança da ONU

Rússia vai apresentar proposta de trégua humanitária para Gaza no Conselho de Segurança da ONU

Putin também se mostrou preocupado com a possibilidade de o conflito 'se transformar em uma guerra regional'

Agência EFE
Objetivo é levar medicamentos, alimentos e outros itens de primeira necessidade à Faixa de Gaza

Objetivo é levar medicamentos, alimentos e outros itens de primeira necessidade à Faixa de Gaza

Gavrill Grigorov/AFP 16.10.23

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou, nesta segunda-feira (16) em propor uma trégua humanitária na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A decisão foi tomada durante conversa telefônica com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e os mandatários de Egito, Irã e Síria.

“É unânime a opinião sobre a necessidade de um imediato cessar-fogo e o estabelecimento de uma trégua humanitária, a fim de fornecer assistência urgente a todos os necessitados”, afirmou o Kremlin em um comunicado.

Os cinco líderes — incluindo o egípcio Abdul Fatah Al-Sisi, o iraniano Ebrahim Raisi e o sírio Bashar al-Assad — manifestaram uma “extrema preocupação” com a situação na Faixa de Gaza.

Os interlocutores de Putin defenderam “o levantamento do bloqueio a Gaza para o fornecimento urgente de medicamentos, alimentos e outros itens de primeira necessidade”.

AUDE GENET/SYLVIE HUSSON/GABRIEL CAMPELO/AFP - 16.10.2023

Parceiros construtivos

Putin também se mostrou preocupado com a possibilidade de o conflito "se transformar em uma guerra regional". O presidente russo expressou sua vontade de coordenar esforços com todos os "parceiros construtivos" para cessar as hostilidades o mais rapidamente possível e estabilizar a situação.

“Por esta razão, a Rússia apresentou um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU sobre a declaração imediata de uma trégua humanitária de natureza equilibrada e apolítica”, afirmou.

Todos concordaram em salientar que a razão para a atual escalada “sem precedentes” é a longa estagnação do processo de colonização no Oriente Médio, razão pela qual Putin se pronunciou a favor da sua retomada.

Putin ressaltou que o objetivo deste processo deve ser uma decisão justa e duradoura sobre o problema palestino que contemple a criação de um Estado palestino independente que viva em paz e segurança com Israel.

O Kremlin anunciou que o presidente abordará também hoje esta questão em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. 

Na sexta (13), Putin advertiu que as vítimas civis que uma operação terrestre israelense causaria na Faixa de Gaza são “inaceitáveis”. Segundo o chefe do Kremlin, o surto de violência no Oriente Médio é uma “grande tragédia”, que é o resultado do fracasso da política dos EUA naquela região.

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