Russo que invadiu final da Copa sofre possível envenenamento

O ativista e jornalista russo Pyotr Verzilov, um dos membros do coletivo Pussy Riot que invadiram o estádio Luzhniki, em Moscou, durante a final da Copa do Mundo deste ano, foi internado em estado grave na noite da terça-feira (11).

Segundo o site Meduza, onde Verzilov é um dos editores, ele chegou ao hospital sem conseguir enxergar e com problemas de fala e locomoção. A principal suspeita é que ele tenha sido envenenado.

Apontado com um dos porta-vozes do Pussy Riot, Verzilov foi internado na ala de toxicologia de um dos principais hospitais da capital russa. A mãe do ativista tentou visitá-lo nesta quarta, mas foi impedida por funcionários.

"Disseram para ela que não podiam revelar nenhuma informação sobre ele. Mandaram ela embora e foram rudes", disse um amigo de Verzilov, que preferiu não se identificar, ao Meduza.

Segundo a namorada do ativista, Veronika Nikulshina, ele começou a se sentir mal depois de comparecer a uma audiência na tarde de terça. Por volta das 18h, no horário local, ele se deitou para descansar.

Quando Nikulshina chegou em casa, duas horas depois, Verzilov acordou e disse que não conseguia mais enxergar. "Entre as 20h e as 22h, o estado dele piorou muito. Primeiro foi a visão, depois a fala, e por fim a habilidade de andar", contou ela ao site.

Depois que os socorristas chegaram, ele começou a convulsionar e foi levado às pressas para o hospital. Na ambulância ele já não conseguia falar mais nada e por fim ficou inconsciente, segundo Nikulshina.

Ela disse que, ao chegar ao hospital, os médicos não deram um diagnóstico preciso, mas que por volta da 1h desta quarta, Verzilov foi subitamente levado para a ala de toxicologia.

No entanto, nenhum médico ou funcionário confirmou a ela se ele teria sido envenenado, e também se negaram a dar informações porque ela não é casada leglamente com o ativista.