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Russos analisam radiação em usina ucraniana atacada

Planta nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa e foi tomada pela Rússia durante a segunda semana de invasão da Ucrânia

Internacional|Do R7

Zaporizhzhia fornece energia a 4 milhões de residências na Ucrânia
Zaporizhzhia fornece energia a 4 milhões de residências na Ucrânia

Engenheiros russos foram enviados nesta sexta-feira (11) à usina nuclear de Zaporizhzhia para medir a radiação, disseram autoridades ucranianas. A tomada da usina, a maior da Europa, pelas forças russas alarmou a comunidade internacional. 

Trabalhadores da empresa de energia nuclear russa Rosatom chegaram a Zaporizhzhia nesta sexta-feira, informou a agência nuclear ucraniana Energoatom pelo Telegram. 

Engenheiros russos explicaram ao pessoal ucraniano que estavam lá para "avaliar o nível de radiação" e "ajudar no reparo da usina", que foi bombardeada em 4 de março, disse a Energoatom.

Os reatores da usina não parecem estar danificados, apesar do incêndio que ocorreu no local durante o ataque das forças russas.


A Energoatom afirmou que os russos foram para Zaporizhzhia porque a equipe ucraniana se recusou a cooperar com a Rússia. Acrescentou ainda que um dos enviados russos se apresentou como o novo administrador civil e militar da área e declarou que a usina passou a ser território russo, administrado pela Rosatom. 

Na época do ataque, o embaixador russo nas Nações Unidas negou que seu país tivesse bombardeado a usina nuclear. 


Em outro comunicado, a Rosatom confirmou o envio de especialistas russos, porém indicou que o funcionamento da central de Zaporizhzhia, assim como o de Chernobyl, também ocupada pelos russos, é assegurado pelos ucranianos.

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Os especialistas russos estão ali para "aconselhar" a equipe ucraniana, acrescentou.


"As atividades pretendem garantir que a segurança da exploração das centrais nucleares ucranianas aconteça em estreito contato com a direção da Aiea [Agência Internacional de Energia Atômica]", declarou a Rosatom. 

Zaporizhzhia, inaugurada em 1985, tem seis reatores, produz cerca de um quinto da energia da Ucrânia e tem capacidade para abastecer 4 milhões de residências.

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