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Saiba quais são as acusações que Trump pode enfrentar no Tribunal

Ex-presidente está sendo acusado de 34 delitos que giram em torno de abuso sexual, suborno e negligência 

Internacional|Larissa Crippa* do R7, com informações da AFP

Julgamento de ex-presidente começou no final do mês passado e continua recebendo novos desdobramentos
Julgamento de ex-presidente começou no final do mês passado e continua recebendo novos desdobramentos

O julgamento de Trump foi aberto no final do mês passado e o ex-presidente está sendo acusado de 34 delitos. Porém, mais desdobramentos continuam aparecendo, como a nova denúncia acrescentada ao caso ontem.

A escritora e jornalista Jean Carroll acusou Donald Trump de estupro nesta última terça-feira (25). A defesa da mulher afirmou que sua cliente teria sido estuprada pelo ex-presidente nos anos 1990.

"Donald Trump a agrediu sexualmente em um provador da Bergdorf Goodman, uma luxuosa loja na 5ª Avenida em Manhattan, depois de se encontrarem na entrada do prédio", disse uma das advogadas de acusação, Shawn Crowley.

Segundo Carroll, de 79 anos, o estupro aconteceu logo depois que Trump lhe pediu opinião para comprar uma lingerie de presente. "No momento em que eles entraram no vestiário tudo mudou. De repente, deixou de ser divertido. (...) Trump era quase duas vezes maior do que ela", afirmou a advogada ao júri.


Segundo ela, a ex-jornalista ficou em silêncio por 20 anos com medo de que um homem poderoso pudesse destruir sua reputação, mas decidiu contar o caso em 2019, através de seu livro, depois de ser inspirada pelo movimento #Metoo, lançado na internet para encorajar mulheres a denunciarem seus abusadores.

A denunciante não tem testemunhas oculares, já que os envolvidos estavam sozinhos durante o ato, mas anunciou que duas amigas, a quem contou na época o que aconteceu, irão corroborar a história.


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Quando a escritora levou a história a público, o então presidente dos Estados Unidos respondeu que não a conhecia, que ela nem "era seu tipo", e chamou tudo de "mentira total". Para o advogado do Republicano, Joe Tacopina, trata-se de uma "afronta à justiça". "Está abusando do sistema por dinheiro, razões políticas e status", declarou.

Inicialmente, Carroll processou Trump por difamação em 2019, mas não pôde incluir a acusação de estupro porque já havia expirado o prazo para apresentá-la. Porém, em 24 de novembro de 2022, uma nova lei entrou em vigor em Nova York, a "Adult Survivors Act", que permite, durante um ano, que vítimas de ataques sexuais apresentem ações na esfera civil.


Com base nesta lei, os advogados de Carroll apresentaram, então, uma nova ação na qual acusam Trump de "apalpá-la, tocá-la e estuprá-la". Trump também é acusado de difamação por uma mensagem em sua rede social Truth Social, em outubro, na qual nega as acusações de estupro e se refere à Carroll como uma "vigarista completa".

Caroll pede indenizações por perdas e danos devido a "dor e sofrimento significativos, danos psicológicos e financeiros duradouros, perda da dignidade e autoestima e invasão de intimidade". Também pede que Trump se retrate de seus comentários.

Cerca de dez mulheres acusaram o ex-presidente de conduta sexual inapropriada. Ele sempre negou as acusações e nunca precisou responder por isso em um tribunal.

O caso Carroll não tramitará na esfera penal, mas se Trump perder será, pela primeira vez, considerado legalmente responsável de agressão sexual. Não se espera que o magnata, que depôs sob juramento no caso, vá ao julgamento.

Político pretende concorrer novamente a presidência
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Trump é o primeiro presidente americano a ser acusado criminalmente. Entre as acusações, temos o suposto pagamento, em dinheiro, para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, na reta final da campanha às eleições presidenciais de 2016, sobre um relacionamento que teriam tido uma década antes, o que ele sempre negou.

O republicano também é investigado por tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020 no estado da Geórgia (sul), por uma suposta má gestão de documentos oficiais retirados da Casa Branca e pelo possível envolvimento no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.

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