O escritor Salman Rushdie, que foi esfaqueado nos Estados Unidos na última sexta-feira (12), foi extubado neste sábado (13) e conseguiu falar, de acordo com uma publicação de seu colega Aatish Taseer no Twitter. O agente de Rushdie, Andrew Wylie, confirmou a informação.
O aclamado autor permanece hospitalizado neste domingo (14), enquanto a polícia procura determinar o motivo por trás de um ataque que atraiu condenação internacional. Rushdie foi repetidamente esfaqueado enquanto particiapva de um evento no estado de Nova York.
O suspeito, Hadi Matar, de 24 anos, é de Nova Jersey e se declarou inocente das acusações de tentativa de homicídio e agressão em uma audiência neste sábado, disse à Reuters seu advogado nomeado pelo tribunal, Nathaniel Barone.
Rushdie, de 75 anos, deveria dar uma palestra sobre liberdade artística na Chautauqua Institution, no oeste de Nova York. A polícia disse que Matar invadiu o palco e esfaqueou o escritor indiano, que vive com uma recompensa por sua cabeça desde a publicação de seu romance de 1988 Os Versos Satânicos, que revoltou o governo iraniano.
O esfaqueamento foi condenado por escritores e políticos de todo o mundo como um atentado à liberdade de expressão. Em um comunicado neste sábado, o presidente americano Joe Biden elogiou os "ideais universais" que Rushdie e seu trabalho incorporam.
"Verdade. Coragem. Resiliência. A capacidade de compartilhar ideias sem medo", disse Biden. "Esses são os blocos de construção de qualquer sociedade livre e aberta."
De acordo com Andrew Wylie, o romancista pode perder um olho e teve danos nos nervos do braço e feridas no fígado.
Nem as autoridades locais nem as federais ofereceram detalhes adicionais sobre a investigação do caso. A polícia disse que não havia estabelecido um motivo para o ataque.