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Sanções dos EUA a empresa aérea acirraram hostilidade contra Guaidó

Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impediu voos, uso de aeroportos e abastecimento da Conviasa, que pode demitir 2 mil pessoas

Internacional|Mariana Ghirello, do R7, com agências internacionais

Líder opositor foi hostilizado por funcionários da Conviasa
Líder opositor foi hostilizado por funcionários da Conviasa

As hostilidades sofridas pelo líder opositor Juan Guaidó ao desembarcar na Venezuela na noite de quinta-feira (11), embora reflitam o clima geral de acirramento político no país, estão diretamente ligadas à insatisfação dos funcionários da companhia aérea Conviasa, sancionada pelos Estados Unidos, semana passada. Com a medida, duas mil pessoas que trabalham para a empresa, que é estatal, podem perder seus postos de trabalho.

Guaidó voltava justamente dos EUA, onde terminou um "tour" por vários países da Europa e da América do Norte em busca de apoio internacional para o movimento de oposição ao governo de Nicolás Maduro.

Leia mais: Sanções dos EUA à Venezuela podem virar bloqueio total, dizem analistas

As tensões no país esquentam na medida em que novos embargos são impostos a Venezuela, que já sofre com desabastecimento de diversos item básicos como comida, medicamentos e matéria-prima.


Com a maior parte das contas bancárias para exportação e importação bloqueadas, funcionários do alto escalão impedidos de viajar, além de sanções à empresa petroleira PDVSA, as novas sanções podem mais uma vez afetar duramente o trabalhador venezuelano.

Na última sexta-feira (7), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicou novas sanções ao país. Desta vez, as novas proibições afetam o Consorcio Venezolano de Industrias Aeronáuticas y Servicios Aéreos S.A. (Conviasa), a companhia aérea estatal.


As sanções impostas pelo governo dos EUA impedem a Conviasa de obter permissões para a circulação no espaço aéreo de outros países contrários ao presidente Nicolás Maduro, o uso dos respectivos aeroportos e ainda acesso ao combustível.

As novas sanções foram anunciadas enquanto Juan Guaidó discursava em um evento no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Washington. De acordo com a empresa, mais de dois mil empregados podem perder seus postos, além da falta de atendimento ao consumidor.


De volta para casa

Um dos projetos do governo de Nicolás Maduro executados pela Conviasa é o retorno de venezuelanos que migraram e querem voltar ao país voluntariamente. Os voos são gratuitos e em dois meses 7 mil venezuelanos voltaram para o país provenientes de oito países diferentes.

A companhia também transporta atletas nacionais para competições internacionais, e ainda, pacientes que necessitem de algum atendimento médico específico que não esteja disponível na Venezuela.

Assista a chegada de Juan Guaidó na Venezuela:

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