Sanções estão impactando o armamento russo, diz Pentágono

Funcionário da Defesa dos EUA, que pediu anonimato, disse que a Rússia sofre com a falta de componentes para mísseis guiados

09/05/2022 - 16h09 (Atualizado em 03/04/2024 - 18h53)

Um funcionário do Pentágono, que pediu anonimato, afirmou nesta segunda-feira (9) que as sanções internacionais começam a surtir efeito na indústria bélica russa, que está com dificuldades para repor os mísseis guiados que seu Exército utiliza na Ucrânia, devido ao embargo de componentes eletrônicos imposto à Rússia.

Os russos já lançaram tantos mísseis contra a Ucrânia que ficou com falta de “armamentos guiados de precisão e tem problemas para restituí-los", declarou à imprensa o funcionário. “Acreditamos que as sanções e restrições à exportação, especialmente de componentes eletrônicos, tiveram um efeito na base industrial da defesa russa”, acrescentou.

Por isso, lançam sobre grandes cidades como Mariupol e Kharkiv bombas não guiadas que não distinguem entre alvos militares e prédios de apartamentos, explicou.

Além disso, as forças russas seguem tendo problemas de fornecimento e disciplina, inclusive entre os oficiais que “se negam a obedecer às ordens e avançar”, afirmou.

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Diante da obstinada resistência ucraniana, a operação russa no sul do país “só avançou nos últimos dias”, disse o funcionário do Departamento de Defesa dos EUA.

No Donbass, “os russos não conseguiram alcançar nenhum avanço significativo”, afirmou, algo que atribuiu à incapacidade das forças russas de coordenar os ataques aéreos e as manobras em terra, inclusive pelo clima que cobre o terreno de lama, obrigando os tanques a permanecer nas vias pavimentadas.

Os russos “não resolveram todos os seus problemas de logística e manutenção”, concluiu.

A Rússia realizou o desfile do Dia da Vitória na praça Vermelha, em Moscou, na última segunda-feira (9), o 77º aniversário da vitória da União Soviética contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Em seu discurso, no evento, o presidente Vladimir Putin disse que a ação militar da Rússia na Ucrânia foi necessária porque o Ocidente estava "se preparando para a invasão de nossa terra, incluindo a Crimeia"

Em seu discurso, no evento, o presidente Vladimir Putin disse que a ação militar da Rússia na Ucrânia foi necessária porque o Ocidente estava "se preparando para a invasão de nossa terra, incluindo a Crimeia"

Putin terminou seu pronunciamento com um grito de guerra aos soldados reunidos: "Pela Rússia, pela vitória, viva!"

O aniversário do Dia da Vitória mal era comemorado em público na União Soviética antes de 1965. Até a década de 1990, o foco principal da data era a homenagem aos veteranos

Desde 2008, sob o governo Putin, o Dia da Vitória tornou-se uma ocasião não apenas para homenagear os sacrifícios de uma geração anterior, que estão gravados na memória dos russos mais velhos, mas também para mostrar uma imagem da Rússia pós-comunista com a restauração da grandeza dos antigos anos

A organização Global Firepower realizou um levantamento das nações militarmente mais poderosas do mundo. O ranking, que conta com 142 países, levou em conta mais de 50 indicadores, incluindo artilharia, veículos de combate e até população e quantidade de reservistas

Durante a cerimônia, Putin colocou flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, monumento que homenageia os soldados russos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial

A União Soviética perdeu 27 milhões de pessoas durante o conflito, mais do que qualquer outro país

A Rússia realizou o desfile do Dia da Vitória na praça Vermelha, em Moscou, na última segunda-feira (9), o 77º aniversário da vitória da União Soviética contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Em seu discurso, no evento, o presidente Vladimir Putin disse que a ação militar da Rússia na Ucrânia foi necessária porque o Ocidente estava "se preparando para a invasão de nossa terra, incluindo a Crimeia"