Logo R7.com
Logo do PlayPlus

“Se ousarem, vão se arrepender”: como será a segurança da posse de Maduro

Plano inclui mobilização gigante de polícia, exército e milícias para tentar conter protestos da oposição na Venezuela

Internacional|Do R7

Nicolás Maduro está desde 2013 no poder. Divulgação/Governo Bolivariano da Venezuela - 21.12.2024

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, dará início oficialmente ao terceiro mandato consecutivo nesta sexta-feira (10). A posse terá início às 13:00 no horário de Brasília e ocorrerá no Palácio Federal Legislativo, em Caracas, capital venezuelana.

Para a segurança da posse, Maduro mobilizou um plano nacional com a polícia militar e um destacamento massivo de forças de segurança que estão patrulhando as ruas de Caracas. O exército e agentes de serviços de inteligência, os chamados “coletivos paramilitares”, também circulam pela capital.

O ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, considerado o maior aliado de Maduro, prometeu uma resposta dura caso haja perturbações durante a posse. “Fascistas! Terroristas! Se ousarem, vão se arrepender pelo resto da vida porque defenderemos o Palácio, mas depois partiremos para o contra-ataque”, disse Cabello.

O esquema de segurança para a terceira posse de Maduro ocorre em meio à convocação de protestos por parte da oposição, que reivindica a vitória de González nas eleições de julho. O governo de Maduro respondeu a este apelo convocando os apoiadores para uma contramanifestação.


González, que exilou-se na Espanha após a eleição, pretende viajar para a Venezuela e tomar posse como presidente no lugar de Nicolás Maduro. Entretanto, analistas internacionais afirmam que a possibilidade do opositor colocar um fim no regime chavista é pouco provável. O governo de Maduro oferece um prêmio de US$ 100 mil para quem entregar González.

Nas últimas semanas, durante encontro com presidentes de outras nações, González fez apelos ao exército venezuelano, para que o apoiem no poder e destituam Maduro. O alto comando das forças armadas respondeu às declarações, qualificando o pedido como “palhaçada”.


Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições realizadas em julho de 2024 com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que, no entanto, não tornou públicas as atas de voto. A falta de transparência durante o pleito levantou indícios de fraude por observadores internacionais e opositores do regime.

À época do pleito, Maduro concorreu à presidência contra Edmundo González, representante da Plataforma Democrática Unitária (PUD), principal partido de oposição.


Após a derrota, Gonzalez se reuniu com líderes internacionais para angariar apoio contra o regime de Maduro. O opositor teve reuniões na Argentina, Uruguai, República Dominicana e Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente Joe Biden, representantes do Congresso e membros da equipe do presidente eleito, Donald Trump.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.