Se Putin aceitar o acordo que a Ucrânia quer, ele vai ser deposto, diz especialista
Proposta semelhante a termos da Otan apresentada pelos Estados Unidos para a Ucrânia não deve ser aceita por Moscou
Internacional|Do R7
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Os Estados Unidos ofereceram garantias de segurança semelhantes às da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para Kiev durante negociações com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Berlim.
A proposta americana seguiria a linha do artigo 5º do tratado da organização, que exige que a aliança defenda qualquer membro que seja atacado, sendo assim, qualquer ataque russo à Ucrânia poderia ser respondido por Washington. Porém, segundo autoridades ouvidas pela agência de notícias Reuters, o acordo não ficaria em vigor para sempre.
Para Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais da UFF (Universidade Federal Fluminense), o acordo proposto pelos Estados Unidos significaria o mesmo que Kiev ingressar na Otan, o que dificultaria que Moscou aceitasse isso.
Em entrevista ao Conexão Record News desta terça-feira (16), o professor explica que o conflito ainda está longe de chegar um fim, uma vez que ambos os países continuam fortes, ao lutar em diferentes frontes e dominar territórios. Além disso, ele pontua que uma parada nos conflitos não é interessante para o presidente russo Vladimir Putin, que poderia ser deposto de seu cargo.
“A Rússia está aí há quatro anos, a gente conta de 2022, mas há mais de dez anos, se contar desde 2014, há 11 anos atacando o país mais pobre da Europa, o que faz fronteira terrestre com ela e não consegue avançar significativamente sem muitas baixas. Então seria interessante para os dois lados ter um acordo, mas a gente dificilmente vai ver um acordo porque o Putin não pode fazer esse acordo que a Ucrânia quer, porque se ele fizer ele vai ser deposto”, destaca.
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