Seca e crise política ameaçam alimentação no Afeganistão
Um de cada três moradores do país do Oriente Médio sofre de insegurança alimentar aguda, aponta ONU
Internacional|Do R7
A seca e a falta de estabilidade política no Afeganistão desde a tomada de poder pelos talibãs ameaçam gravemente a produção de alimentos no pais, onde uma em cada três pessoas sofre de insegurança alimentar aguda, segundo indicaram nesta terça-feira (7) agências especializadas da ONU (Organização das Nações Unidas).
No território afegão, a seca já dura vários meses, com 25 das 34 províncias sendo afetadas. A crise causada após a retirada das tropas de Estados Unidos e Otan, além disso, agravaram a situação, ao provocar a interrupção do acesso dos agricultores a dinheiro em espécie, empréstimos e insumos, tornando o abastecimento irregular.
"Toda esta situação ameaça a temporada de trigo durante o inverno que se aproxima", disse o diretor de emergência do FAO (Fundo das Nações Unidas para a Agricultura), Rein Paulsen.
No Afeganistão, como lembrou o representante da agência, a agricultura emprega 45% da força de trabalho local e gera meios de subsistência para 80% da população, de forma direta ou indireta. O trigo, por exemplo, é um alimento essencial na dieta de cerca da metade dos 39 milhões de habitantes do país.