Secretário de Estado dos EUA afirma que quem apoiar Moraes ‘será responsabilizado’

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira (22) que qualquer pessoa ou entidade que apoie o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes será responsabilizada por Washington.

“Aqueles que protegem e auxiliam atores estrangeiros malignos como Moraes ameaçam os interesses dos EUA e serão responsabilizados.” (Veja declaração completa no fim da matéria).

As falas ocorreram no mesmo dia em que o Departamento do Tesouro americano anunciou novas sanções contra a “rede de apoio” do magistrado, incluindo a mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e a empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, da qual Viviane é sócia.

Ambas foram incluídas na Lei Magnitsky, que prevê bloqueio de contas, restrições de bens e proibição de entrada nos EUA.

Escalada diplomática

Moraes já havia sido sancionado em julho, acusado pelo governo Trump de instrumentalizar o Judiciário brasileiro, autorizar detenções arbitrárias e restringir a liberdade de expressão.

Agora, segundo Rubio, as medidas passam a mirar também pessoas próximas ao ministro.

Em entrevista à Fox News após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, o secretário endureceu ainda mais o discurso.

Sem citar nomes, acusou Moraes de perseguir Bolsonaro e de tentar impor “reivindicações extraterritoriais” contra cidadãos americanos que se manifestaram na internet a partir do território dos EUA. “O Estado de Direito está se desintegrando”, disse.

As sanções fazem parte da resposta de Washington à condenação do ex-presidente Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

O governo Trump classifica a decisão do STF como perseguição política e já havia reagido com tarifas comerciais e revogação de vistos de autoridades brasileiras.

Moraes chamou a aplicação da Lei Magnitsky contra a mulher dele de “ilegal e lamentável” e afirmou que a medida contrasta com a história dos EUA, de respeito à lei e aos direitos fundamentais.

O que disse Marco Rubio

Hoje, os Estados Unidos estão sancionando os apoiadores do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, incluindo sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e sua empresa, Lex Instituto. Moraes foi sancionado em 30 de julho por graves violações de direitos humanos. Ele usou sua posição para instrumentalizar os tribunais, autorizar detenções preventivas arbitrárias e reprimir a liberdade de expressão.

Essas sanções se somam a uma série de ações tomadas pela Administração Trump para responsabilizar Moraes por abusar de sua autoridade, criar um sistema complexo de censura, atacar abertamente oponentes políticos e cometer graves violações de direitos humanos. Aqueles que protegem e auxiliam atores estrangeiros malignos como Moraes ameaçam os interesses dos EUA e serão responsabilizados.

*Sob supervisão de Leonardo Meireles

Perguntas e Respostas

Qual foi a declaração do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre Alexandre de Moraes?

Marco Rubio afirmou que qualquer pessoa ou entidade que apoiar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, será responsabilizada pelos Estados Unidos. Ele declarou que aqueles que protegem e auxiliam Moraes ameaçam os interesses dos EUA.

O que motivou as declarações de Rubio?

As declarações ocorreram no mesmo dia em que o Departamento do Tesouro americano anunciou novas sanções contra a rede de apoio de Moraes, incluindo a esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e a empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, que foram incluídas na Lei Magnitsky.

Quais são as consequências da Lei Magnitsky para os sancionados?

A Lei Magnitsky prevê bloqueio de contas, restrições de bens e proibição de entrada nos Estados Unidos para os sancionados.

O que mais foi mencionado por Rubio em relação a Moraes?

Em entrevista à Fox News, Rubio acusou Moraes de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro e de tentar impor “reivindicações extraterritoriais” contra cidadãos americanos que se manifestaram na internet a partir dos EUA. Ele afirmou que “o Estado de Direito está se desintegrando”.

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