Secretário de Trabalho dos EUA renuncia após caso Epstein
Empresário Jeffrey Epstein é acusado de ter se envolvido com tráfico sexual quando era promotor federal do distrito sul da Flórida
Internacional|Da EFE
O secretário de Trabalho dos Estados Unidos, Alex Acosta, anunciou nesta sexta-feira (12) sua renúncia por causa de sua atuação no caso do empresário acusado de tráfico sexual, Jeffrey Epstein, quando era promotor federal do distrito sul da Flórida.
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Em pronunciamento não anunciado na Casa Branca junto com o presidente Donald Trump, Acosta disse que telefonou para ele esta manhã após considerar que "o correto era ficar de fora (do governo)".
Por sua vez, o presidente destacou que Acosta foi "um grande secretário" e elogiou o "ótimo desempenho" à frente do Departamento do Trabalho.
"Foi uma decisão sua, não minha", acrescentou Trump.
A renúncia veio dois dias depois de Acosta defender em entrevista coletiva sua atuação como promotor há uma década, quando fechou um controverso acordo judicial com Epstein, acusado agora pela segunda vez de abuso de menores.
O multimilionário, detido no início de mês, já enfrentou uma acusações similar na Flórida, mas em 2008 fez um acordo extraoficial com a Promotoria, comandada então por Acosta, para encerrar uma investigação que podia render uma pena de prisão perpétua.
O acordo pactuado na época, no entanto, contemplava que o empresário nova-iorquino cumprisse uma condenação de 18 meses de prisão e passasse a fazer parte de tal registro.
Apesar desta sentença, a Promotoria de Nova York voltou a acusar Epstein, sem cair em um duplo processo, graças às novas provas e testemunhos obtidos nos últimos anos.
Acosta, único latino no gabinete presidencial de Trump, assumiu o cargo de secretário de Trabalho em abril de 2017.