Segurança de reféns depende de fim de ofensiva no Mali, dizem sequetradores
O ministro do Interior da Argélia afirmou que não vai negociar com o grupo terrorista
Internacional|Do R7
O grupo que sequestrou nesta quarta-feira (16) vários estrangeiros em um campo de gás no sul da Argélia exigiu o fim da ofensiva militar contra Mali para garantir a segurança de seus reféns.
Em um segundo comunicado enviado à agência privada mauritana "ANI", este grupo, dirigido por Mojtar Belmojtar, disse que tem em seu poder 41 estrangeiros no total, sendo 7 americanos e vários franceses, britânicos e cidadãos de outros países europeus.
Os militantes disseram que os ataques eram uma retaliação ao fato à permissão dada pela Argélia para que a França use o espaço aéreo do país para bombardear o território do Mali, segundo a ANI e a Sahara Media, as agências que afirmaram terem conversado com os militantes.
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O grupo conhecido como "Bellawar", reivindicou nesta quarta-feira o ataque na central de gás Ain Amnas, no sul da Argélia. Segundo a agência mauritana privada de informação "ANI", o ataque à central foi perpetrado por um batalhão chamado "Signatários de sangue", que também sequestrou técnicos de nove ou 10 nacionalidades.
Sem negociações
O ministro do Interior da Argélia, Daho Ould Kablia, afirmou nesta quarta-feira (16) que seu governo não vai negociar com o grupo terrorista que mantém dezenas de reféns estrangeiros retidos em um campo de tratamento de gás no sudeste do país.
"Há dois caminhos, uma solução é pacífica, e a outra, violenta", disse Ould Kabilia à rede de televisão estatal antes de ressaltar que um "grande número" de soldados e membros das forças de segurança estão na região no cerco aos terroristas.
O ministro explicou que os sequestradores, menos de 20 no total, segundo relatou, pediram para deixar o país com um grupo de reféns, mas insistiu que as autoridades se negam a satisfazer suas exigências.
Para Ould Kablia, a única solução é que os terroristas se entreguem pacificamente às forças de segurança, porque, caso contrário, a situação será resolvida de maneira violenta, disse, embora sem entrar em detalhes neste sentido.