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Segurança em zona de conflito com índios na Amazônia é reforçada

Internacional|Do R7

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Rio de Janeiro, 28 dez (EFE).- Cerca de 400 soldados do exército e diversas forças policiais reforçaram neste sábado a segurança na cidade de Humaitá, no Amazonas, onde se registraram conflitos entre nativos e não índios nos últimos dias. O conflito começou com o desaparecimento de três homens no último dia 16 e que os moradores da região atribuíram aos índios da etnia Tenharim. Os desaparecidos são Aldeney Ribeiro Salvador, técnico da Eletrobrás, o professor Stef Pinheiro e o comerciante Luciano Ferreira Freire. Em protesto pelo desaparecimento, um grupo de moradores de Humaitá, município situado a 590 quilômetros ao sul de Manaus, capital do estado, incendiou na quarta-feira a sede da Funai, um barco e vários veículos usados pelo órgão. Na quinta-feira foi destruído um ponto de controle que os índios tinham instalado em uma estrada que passa pela reserva e que era usado para cobrar pedágio dos veículos que passam pela zona. Um grupo de perto de 140 índios está desde quinta-feira abrigado em um quartel do Exército para evitar sofrer agressões da população. A operação policial foi iniciada hoje para prevenir novas agressões e começar as buscas dos três homens dentro do território indígena. Participam soldados do exército e agentes da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança, da Polícia Rodoviária Federal e a PM do Amazonas. O Ministério Público Federal (MPF) pediu à população que não faça manifestações racistas contra os índios e ordenou que sejam retiradas as mensagens discriminatórias que apareceram na internet. O MPF pediu aos administradores do Facebook que apaguem "o grande volume" de mensagens racistas contra os índios publicados na rede social, segundo um comunicado. A Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) cobrou das autoridades "medidas urgentes" para localizar os desaparecidos e acusou a Funai de omissão no caso. Em comunicado, a Funai repudiou os "atos de vandalismo" cometidos pela população de Humaitá e esclareceu que não compete ao órgão investigar o desaparecimento de pessoas. "Solicitamos que a população atue no sentido de contribuir também com a reversão desse quadro perigoso e negativo, com a liberação dos acessos aos municípios da região para que as autoridades policiais possam realizar seus trabalhos e tranquilizar todos moradores daquela região", afirmou a Funai no comunicado. EFE mp/cd

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