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Senado argentino rejeita lei que tornaria o aborto legal no país

Debate durou 17 horas e acabou na madrugada desta quinta-feira (9). Projeto agora só poderá ser apreciado pelos senadores daqui pelo menos um ano

Internacional|Felipe Tchilian, do R7

População argentina se manifestou durante o debate da lei do aborto no Senado
População argentina se manifestou durante o debate da lei do aborto no Senado População argentina se manifestou durante o debate da lei do aborto no Senado

Após cerca de 17 horas do debate que começou na manhã desta quarta-feira (8), o Senado argentino rejeitou, por 38 votos a 31, o projeto de lei que descriminaliza o aborto para qualquer situação até 14 semanas de gestação. 

Com a decisão, o aborto continua sendo crime na Argentina, exceto para os casos de gravidez por estupro e nas ocasiões em que a gestante corre o risco de morrer.

O mesmo projeto já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados em 13 de junho deste ano, mas precisava do voto favorável de 37 dos 72 senadores.

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Vale lembrar que os abortos clandestinos são a principal causa de morte materna há pelo menos 30 anos na Argentina.

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A lei tornaria a Argentina o terceiro país da América Latina a legalizar amplamente o aborto, depois do Uruguai e de Cuba.

Argentinos divididos

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Desde a noite anterior, manifestantes pró e contra a prática se reuniram na porta do Senado para acompanhar a votação. Os defensores da proposta usaram lenços verdes, enquanto os contrários vestiram lenços azuis.

O clima de divisão esteve presente entre os argentinos nas semanas anteriores à votação. Ativistas religiosos, especialmente em partes rurais do país, pressionaram contra a medida, que foi apoiada por feministas e grupos de direitos humanos estimulados nos últimos anos por esforços para acabar com a violência contra as mulheres.

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Mais cedo, o presidente Mauricio Macri escreveu em sua conta no Facebook que, qualquer que fosse o resultado, venceria a democracia. "A importância dessa votação vai muito além da questão específica que ela tenta resolver. Nos coloca como sociedade em um cenário pacífico para promover e realizar mudanças. Mas, além disso, nos obriga como indivíduos a nos comprometermos a aceitar que há outros que pensam de maneira diferente", afirmou o presidente. 

NO IMPORTA CUÁL SEA EL RESULTADO, HOY GANARÁ LA DEMOCRACIA La votación que se llevará a cabo hoy en el Senado es...

Posted by Mauricio Macri on Wednesday, August 8, 2018

O projeto de lei ainda pode ser apresentado novamente em março de 2019. Muitos apostam que este será um tema central nas eleições argentinas do próximo ano, que devem escolher o próximo presidente do país. 

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