As senadoras democratas Elizabeth Warren e Tina Smith apelaram neste sábado (25) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declare emergência de saúde pública no país, para proteger o acesso ao aborto, depois que a Corte Suprema decidiu ontem por anular à proteção ao direito de interrupção de gravidez.
"Exigimos ao presidente declarar uma emergência de saúde pública, para proteger o acesso ao aborto para todas as americanas, desbloqueando recursos e dando autoridade para que os estados e o governo federal possam satisfazer o aumento na demanda de serviços de saúde reprodutiva", apontaram as duas congressistas, em texto de opinião publicado no jornal The New York Times.
Biden afirmou ontem, na Casa Branca, que o governo defenderá o direito ao aborto e estimulou aos americanos a participarem das eleições de novembro nos Estados Unidos, visando garantir maioria no Congresso, para conseguir levar adiante leis que respaldem o direito ao aborto.
No artigo publicado hoje, Warren e Smith também chamam à população a votarem em candidatos democratas nas chamadas 'midterm elections', o pleito legislativo realizado 23 meses após a posse do presidente.
"Se os eleitores nos ajudarem a manter controle na Câmara e ampliar nossa maioria no Senado em, pelo menos, dois votos, nesse novembro, podemos converter Roe (o processo Roe contra Wade, que garantiu direito ao aborto) em lei, em janeiro", afirmam.
Até agora, nove estados dos 50 estados americanos proibiram a interrupção da gravidez, logo depois do anúncio da decisão da Corte Suprema, enquanto outros 14 podem fazer o mesmo rapidamente.