Senadores americanos anunciam acordo para limitar a violência com armas de fogo
Medidas incluem mais rigor no controle de antecedentes para os compradores de armas, mas estão longe das demandas de Biden
Internacional|Do R7
Um grupo bipartidário de senadores dos Estados Unidos anunciou neste domingo (12) um acordo para limitar a violência com armas de fogo após tiroteios no Texas e em Nova York, mas as medidas incluídas estão longe das demandas apresentadas pelo presidente Joe Biden.
O acordo prevê mais rigor no controle de antecedentes para os compradores de armas com menos de 21 anos, o aumento dos recursos para que os estados mantenham tais armamentos fora das mãos de pessoas consideradas de risco e o combate ao comércio ilegal.
"Hoje anunciamos uma proposta bipartidária de senso comum para proteger as crianças americanas, manter nossas escolas seguras e reduzir a ameaça da violência em todo o país", afirma um comunicado conjunto do grupo de 20 congressistas, democratas e republicanos.
"Nosso plano aumenta os recursos necessários para saúde mental, melhora a segurança escolar e o apoio aos estudantes, além de ajudar a garantir que os criminosos perigosos e os que são considerados pacientes mentais não possam comprar armas”, afirma o texto.
Os senadores também pediram um investimento maior em serviços de saúde mental e para a segurança nas escolas, assim como a inclusão das condenações por violência doméstica e as ordens de restrição no banco de dados nacional de verificação de antecedentes.
Biden celebrou o anúncio e pediu aos congressistas que aprovem o acordo rapidamente, mas deixou claro que as medidas não são tão profundas como gostaria.
Leia também
"Obviamente, não inclui tudo o que acho necessário, mas reflete passos importantes na direção correta e seria a legislação sobre segurança de armas mais significativa a ser aprovada no Congresso em décadas", disse o presidente em um comunicado.
"Com o apoio bipartidário, não há desculpas para o atraso e nenhuma razão para que não passe rapidamente pelo Senado e pela Câmara", acrescentou.
O presidente havia solicitado reformas ainda mais profundas, como a proibição das vendas públicas de fuzis ou pelo menos o aumento da idade mínima de compra de tais armas, assim como reforço dos comprovantes de antecedentes do cliente.
A Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, aprovou um amplo pacote de propostas que incluía o aumento da idade de compra da maioria dos fuzis semiautomáticos de 18 para 21 anos.
Mas o partido não tem os 60 votos necessários para fazer o pacote avançar no Senado, o que deixa o acordo bipartidário como a única esperança de medidas federais para enfrentar a violência com armas de fogo no país.