Sinagoga de Munique destruída por nazistas é redescoberta
O local, que era um 'símbolo da igualdade de direitos para os judeus', foi demolido em 1938, por ordem direta de Adolf Hitler
Internacional|Do R7
Operários encontraram no fundo do rio Isar os escombros da principal sinagoga de Munique, na Alemanha, demolida em 1938 por ordem direta do ditador Adolf Hitler. Até a destruição da casa de culto judaica pelo regime nazista, a Grande Sinagoga de Munique compunha o quadro urbano da capital. As informações são da rede de notícias Deutsche Welle.
Segundo o blog do Museu Judaico de Munique, a sinagoga era um "símbolo da igualdade de direitos para os judeus, conquistada em longas e duras lutas". Por esse motivo, o local era uma pedra no sapato dos nazistas.
Os restos do edifício foram redescobertos durante os trabalhos de construção de uma barragem do rio Isar, perto da ponte Grosshesseloher. As escavadeiras esbarraram em fragmentos de pedra no leito do rio. Ao todo, 150 toneladas de ruínas arquitetônicas foram encontradas.
O espanto da descoberta se deve ao fato de que, em 85 anos, não havia indícios do paradeiro dos destroços da sinagoga. O cientista cultural e diretor do Museu Judaico, Bernhard Purin, supõe que o motivo seja o fato de Munique ter recalcado seu passado nazista mais do que outras cidades alemãs.
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Purin menciona também o fato de que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a cidade passou a "se definir pela alacridade [alegria] regada a cerveja do Oktoberfest". Foi somente em 1969, 24 anos depois, que os muniquenses ergueram um memorial de granito para a sinagoga destruída, de autoria do escultor Herbert Preis.
O Departamento Estadual de Preservação do Patrimônio já começou o transporte das toneladas de pedra para outro depósito. O diretor do Museu Judaico calcula que o exame do material dure de um a dois anos. O local, que tem em seu acervo fragmentos de pedra e dos vitrais da Grande Sinagoga, vai ajudar na classificação dos objetos.
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